quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

|De pernas pro Ar|

Fui ontem com a Aline assistir ao musical estrelado pela Claudia Raia, "De pernas pro Ar". Nunca tinha assistido a um musical e fiquei muito satisfeito com o que vi. Eu não era muito conhecedor do talento da Claudia Raia, só vendo ela vez em quando na TV e fiquei bastante surpreso com o talento dela, principalmente como cantora.

 

O musical conta a história de Helô, uma mulher entediada que recebe do Diabo a missão de se reinventar. As pernas de Helô adquirem vida própria e a levam para diversas aventuras, passando por academia, médico, terreiro de macumba, igreja e ônibus.

 

Não é um solo, Claudia Raia esta acompanhada por um 12 bailarinos-cantores-atores muito talentosos, porém sem a mesma fama da protagonista. Pelo menos para mim. O segmento que se passa no terreiro de macumba é muito engraçado com o Pai de Santo e seu auxiliar roubando a cena. O mesmo acontece no diálogo com Nossa Senhora de Fátima, Nossa Senhora Aparecida e Nossa Senhora de Guadalupe, quando as três surpreendem com o sotaque característico conforme a origem de cada Santa. O figurino dessas Santas também é muito curioso, com a roupa lembrando verdadeiras imagens de gesso.

 

O que dá um toque muito especial ao espetáculo é a orquestra de 8 músicos executando as músicas ao vivo durante a apresentação, interagindo com os atores e fazendo parte do elenco. Outro destaque da apresentação é o cenário virtual, que muda e se movimenta conforme o andar da apresentação, uma versão mega do que já é utilizado pela gaúcha Déborah Finocchiaro em "Sobre Anjos e Grilos".

 

O texto do musical é de autoria do Luiz Fernando Veríssimo e as versões musicais foram feitas por Miguel Falabella, Bibi Ferreira e Zé Rodrix, entre outros. A direção é de Cacá Carvalho, conhecido na TV pelo papel de Jamanta em alguma novela da Globo. Pena não ter tirado fotos, pois as de divulgação não são da apresentação e nem mostram todo o elenco.

 

Para saber mais: http://www.pernasproar.com.br/

 

Para assistir esse musical ganhei os convites da administração da Cia. Zaffari em um belo presente de Natal.

domingo, 13 de dezembro de 2009

Pra quando você voltar

Ia escrever sobre uma coisa quando parei em frente ao computador com esse propósito. Mas escutei uma música que me fez lembrar do meu amor, que não esta aqui comigo agora nesse momento devido aos motivos que agora não importam.

Nem é necessário escrever muito, a música diz tudo.

Canção Pra Quando Você Voltar

Composição: Herbert Vianna / Leoni


Quando o sol de cada dia entrar

Chamando por você

Querendo te acordar

Vai ter sempre alguém pra receber

Fazer o seu jantar

Dormir no seu sofá

Alguém pra olhar a casa

E alguém que regue o seu jardim

Até você voltar

E como é normal acontecer

Se num entardecer a dor te visitar

Vai ter sempre alguém pra socorrer

Fazer o seu jantar

Dormir no seu sofá

Enquanto a noite passa por mim

Eu rego o seu jardim

Você já vai voltar

Estou aqui, esperando tu voltar. Já reguei a samanbaia, dormi no sofá e daqui a pouco faço o jantar.

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Da Vila Elizabeth para Paris

Brilhante texto do Prévidi, disponível no site www.previdi.com.br . Concordo com a opinião dele.

Como sou volúvel, há um bom tempo, quando acordo, o primeiro programa de rádio que escuto é o Bom-Dia, na Guaíba AM. Começo a ouvir o Rogério Mendelski e o Wladimir Oliveira pouco antes das 8 horas. Aí entra o Juremir Machado da Silva e às 8h20min participa o Luiz Carlos Reche, o popular Reche Carlos. É o ponto alto do programa, quando, incentivado pelos apresentadores, com o apoio do produtor Otto Bede, ele às vezes recria uma canção do Rei.
Hoje, depois do Reche, foi novamente entrevistado o secretário Clóvis Magalhães, de Gestão e Acompanhamento Estratégico da Prefeitura de Porto Alegre. Lá pelas tantas, o Juremir fez uma pergunta que começava assim: Quando vim de Livramento, morei na Vila Elizabeth, na zona norte de Porto Alegre. 
"Tu foi vileiro, Juremir?", espantou-se Rogério Mendelski.
"Fui, fui, muito tempo", respondeu com a maior tranquilidade.
A Vila Elizabeth, no bairro Sarandi, é local de gente muito pobre.
Aí fiquei viajando.
Pelo que sei, por ter conversado com ele e sempre ler seus textos, o Juremir teve uma infância pobre, mas sem sofrimento. Por casualidade leu grandes clássicos da literatura – essa é uma boa história – e lá pelas tantas veio para Porto Alegre, onde se formou em história e jornalismo. Estudou em Paris e hoje é escritor, professor na PUC e um dos mais respeitados jornalistas do RS.
Tá, e daí?, pode estar se perguntando um leitor.
Calma, calma.
Não tem como não relacionar isso com esse negócio de quotas para negros.
Se o Juremir fosse negro, com todas as características intelectuais que têm, não teria as chances que o branco Juremir teve? Hoje, o negro Juremir não seria respeitado por ser afro-descendente?
Por favor, me poupe!
Podem alegar que há 10, 20 anos era tudo mais fácil. Pode ser.
Mas essa também é uma conversa antiga – "antes era tudo mais fácil".
Olha, sei não, quando o cara quer, vai. E não precisa de nenhuma mutreta para estudar e trabalhar.
Quota é sinônimo de moleza.
Prêmio pra preguiçoso.

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

|Aniversário|

O dia 5 de novembro) é o 309º dia do ano no calendário gregoriano (310º em anos bissextos). Faltam 56 para acabar o ano.

 

1414 - Começa o Concílio de Constança, que dura quatro anos. Seus participantes acabam com a cisão na Igreja e condenam, por causa de heresia, João Wiclef, João Hus e Jerônimo de Praga a morrerem na fogueira.

1811 - Instalado em São Salvador um movimento de independência.

1826 - É inaugurada no Rio de Janeiro a Escola de Belas Artes, a primeira instituição brasileira para ensino das artes plásticas.

1838 - Declarada a independência de Honduras.

1897 - O presidente Prudente de Morais sofre um atentado em uma cerimônia militar.

1900 - Realizada a primeira convenção constituinte de Cuba.

1909 - Um tratado entre Brasil e Uruguai estabelece livre navegação na fronteira entre os dois paises.

1911 - Eleição em Pernambuco põe fim à hegemonia de 22 anos de Rosa e Silva.

1911 - Itália declara oficialmente anexação da província de Tripoli.

1911 - Búlgaros tomam de assalto fortificações em Constantinopla e cortam fornecimento de água e comida.

1911 - Woodrow Wilson é eleito presidente dos Estados Unidos.

1914 - Grã-Bretanha, França e Rússia declaram guerra ao Império Otomano e a Grã-Bretanha ocupa o Chipre.

1916 - Alemanha e Império Austro-Húngaro proclamam a criação do Reino Autônomo Polonês.

1928 - O monte Etna, situado na região da Sicília, na Itália, entra em erupção e destrói completamente a vila de Mascali.

1937 - Filinto Müller, chefe da Polícia do Distrito Federal, impõe censura a rádios e jornais.

1938 - Nasce César Luis Menotti, técnico da seleção argentina campeão mundial em 1978.

1940 - Franklin Delano Roosevelt é reeleito presidente dos Estados Unidos pela terceira vez.

1953 - David Ben Gurion, primeiro-ministro de Israel, renuncia e Moshe Sharett assume em seu lugar a liderança do país.

1966 - Na Itália, a cidade de Florença é inundada por uma cheia do rio Arno.

1967 - Ocorre a prisão de integrantes da Juventude Operária Católica (JOC), inclusive do padre francês Guy Thibaut.

1979 - Nasce Mauro Mendes Urban

1982 - A usina hidrelétrica de Itaipu é inaugurada.

1996 - O defeito que provocou a queda do Fokker-100 da TAM, em 31 de outubro do mesmo ano é identificado: falha no reversor. O acidente matou 99 pessoas em São Paulo.

1996 - Bill Clinton é reeleito presidente norte-americano com 49% dos votos, contra 41% do seu rival, o republicano Bob Dole.

1997 - O governo vende o controle acionário da Companhia Paulista de Força e Luz, a maior distribuidora de eletricidade do país. O grupo VBC (Votorantim, Bradesco e Camargo Corrêa) vence o leilão.

1998 - O cantor e compositor Chico Buarque lança o CD As cidades, depois de cinco anos sem gravar músicas inéditas.


No dia 5 de novembro além de minha pessoa, também nasceram as seguintes figuras ilustres:

    * 1849 - Rui Barbosa, escritor e diplomata brasileiro (m. 1923).

    * 1898 - Frei Damião, frade italiano, naturalizado brasileiro (m. 1997).

    * 1907 - Rubem Berta, primeiro funcionário e presidente da companhia aérea Varig (m. 1966).

    * 1911 - Roy Rogers, ator estadunidense (m. 1998).

    * 1931 - Ike Turner, músico norte-americano (m. 2007).

    * 1937 - Rui Claumann, ator brasileiro (m. 1987)

    * 1938 - Enéas Carneiro, médico e político brasileiro (m. 2007).

    * 1941 - Art Garfunkel, músico estadunidense.

    * 1943 - Sam Shepard, ator estadunidense.

    * 1959 - Bryan Adams, músico canadiano.

    * 1963 - Tatum O'Neal, atriz estadunidense.

    * 1967 - Marcelo D2, cantor brasileiro.

    * 1971 - Jonny Greenwood, guitarrista da banda Radiohead.

    * 1983 - Mike Hanke, futebolista alemão.

    * 1984 - Sebastian Hohenthal, piloto sueco de corridas.

    * 1987 - Kevin Jonas, guitarrista e back vocal norte-americano da banda Jonas Brothers.

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

|Doze conselhos para ter um infarto feliz|

  1. Cuide de seu trabalho antes de tudo. As necessidades pessoais e familiares são secundárias.
  2. Trabalhe aos sábados o dia inteiro e, se puder também aos domingos.
  3. Se não puder permanecer no escritório à noite, leve trabalho para casa e trabalhe até tarde.
  4. Ao invés de dizer não, diga sempre sim a tudo que lhe solicitarem.
  5. Faça parte de todas as comissões, comitês, diretorias, conselhos e aceite todos os convites para conferências, seminários, encontros, reuniões, simpósio etc.
  6. Não se dê ao luxo de um café da manhã ou refeição tranqüila. Ao contrário, não perca  tempo e use o horário das refeições para fechar negócios ou p/ reuniões importantes.
  7. Não perca tempo fazendo ginástica, nadando, pescando, jogando bola ou tênis. Afinal, tempo é dinheiro.
  8. Nunca tire férias, você não precisa disso. Lembre-se que você é de ferro. (e ferro, enferruja!).
  9. Centralize todo o trabalho em você controle e examine tudo para ver se nada está errado. Delegar é pura bobagem; é tudo com você mesmo.
  10. Se sentir que está perdendo o ritmo, o fôlego e pintar aquela dor de estômago tome logo estimulantes, energéticos e antiácidos. Eles vão te deixar 'tinindo'.
  11. Se tiver dificuldades em dormir não perca tempo: tome calmantes e sedativos de todos os tipos. Agem rápido e são baratos.
  12. Por último, o mais importante: não se permita ter momentos de meditação, audição de uma boa música e reflexão sobre sua vida. Isto é pra crédulos e tolos sensíveis.

Repita para si: "Eu não perco tempo com bobagens" (... e tenha um feliz infarto!).

 

Antes do fim

OS ATAQUES DE CORAÇÃO

 

Há outros sintomas de ataques cardíacos, além da dor no braço esquerdo.

  • dor intensa no queixo
  • náuseas
  • suores abundantes
  • dor acentuada em uma das laterais da nuca
  • pouco de azia

Pode-se não sentir nunca uma primeira dor no peito, durante um ataque cardíaco - 60% das pessoas que tiveram um ataque cardíaco enquanto dormiam, não se levantaram. Mas a dor no peito, pode acordá-lo dum sono profundo.

 

Se assim for, dissolva imediatamente 2 Aspirinas na boca e engula-as com um bocadinho de água. Ligue para Emergência (193 ou 190) e diga ''ataque cardíaco'' e que tomou 2 Aspirinas. Sente-se numa cadeira ou sofá e force uma tosse. Ela fará o coração pegar no tranco; tussa de dois em dois segundos, até chegar o socorro.

 

NÃO SE DEITE!

domingo, 18 de outubro de 2009

|Maldito novo horário|

Não me deixei xingar quem teve a ideia, nem amaldiçoar quem a aprovou o horário do verão e me daí braços curtos pela manhã pra que eu não alcance o relógio e o jogue contra a parede.

Fazei com que eu não me lembre todo dia ao acordar que no horário antigo eu poderia ficar mais uma hora na cama, principalmente porque a gente tem que acordar no novo horário, mas dificilmente vai dormir no horário antigo. Quase sempre fica acordado uma hora a mais, então, fazei-me esquecer que, ao ter que levantar as 06h30min toda manhã para ir ao trabalho, na verdade são 05h30min.

Senhor, você sabe que eu sou uma boa pessoa, mas confesso que fui fraco e pequei ao desejar (aos que dizem adorar o horário de verão) que o cabelo deles caia, a barriga cresça e o dente doa.

Senhor eu até tento, ano após ano, não me irritar com a mudança de horário, mas tem como achar simpático algo que, quando a gente começa a se acostumar, muda de novo?

Entendo Senhor que pra quem trabalha até as 17h ou 18h e não precisa fazer mais nada depois disso a luz do dia indo até mais tarde possa ser útil, até agradável em se tratando de quem mora em lugar de praia ou tenha o hábito de caminhar nos parques e praças no fim do dia, mas Senhor, tenho aula  a noite. No horário de verão, continuo precisando ir a aula no mesmo horário e, como na minha faculdade não tem ar condicionado nas salas, quanto mais cedo a aula mais Sol e mais calor.

Senhor, eu vou tentar relaxar e encarar o horário de verão como algo normal… Mas vou começar daqui a pouco, tá? Por enquanto Senhor, peço perdão pelos maus pensamentos e peço que o senhor tenha piedade dos 'safados, malditos, idiotas miseráveis' que são responsáveis pela implantação do horário.

terça-feira, 13 de outubro de 2009

|Diferenças Entre Presídio e Trabalho|

PRESÍDIO

Você passa a maior parte do tempo numa cela 5x6m.

TRABALHO

Você passa a maior parte do tempo numa sala 3x4m.

 

PRESÍDIO

Você recebe três refeições por dia de graça.

TRABALHO

Você só tem uma, no horário de almoço, e tem que pagar por ela.

 

PRESÍDIO

Você é liberado por bom comportamento...

TRABALHO

Você ganha mais trabalho com bom comportamento.

 

PRESÍDIO

Um guarda abre e fecha todas as portas para você.

TRABALHO

Você mesmo deve abrir as portas, se não for barrado pela segurança por ter esquecido o crachá.

 

PRESÍDIO

Você assiste TV e joga baralho, bola, dama...

TRABALHO

Você é demitido se assistir TV e jogar qualquer coisa.

 

PRESÍDIO

Você pode receber a visita de amigos e parentes.

TRABALHO

Você não tem nem tempo de lembrar deles.

 

PRESÍDIO

Todas as despesas são pagas pelos contribuintes, sem seu esforço.

TRABALHO

Você tem que pagar todas as suas despesas e ainda paga impostos e taxas deduzidas de seu salário, que servem para cobrir despesas dos presos...

 

PRESÍDIO

Algumas vezes aparecem carcereiros sádicos...

TRABALHO

Aqui no trabalho, carcereiros usam nomes específicos: Gerente, Diretor, Chefe...

 

PRESÍDIO

Você tem todo o tempo para ler piadinhas.

TRABALHO

Ah, se te pegarem...

 

TEMPO DE PENA

No presídio, eles saem em 15 anos.

No trabalho você tem que cumprir 35 anos, e não adianta ter bom comportamento.

 

CHEGA DE FICAR LENDO ISSO...

VOCÊ ACHA QUE ESTÁ ONDE?  NO PRESÍDIO É?  CAI NA REAL!

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

|UP - Altas Aventuras|


Com certeza é a melhor animação que eu já assisti: UP - ALTAS AVENTURAS, de Peter Docter e Bob Petersen.

É um desenho da Disney, que eu assisti usando óculos 3D, o que dá uma esperiência muito legal. O desenho conta a vida de um velhinho chamado de Carl Fredricksen (nome muito complicado), que aos 78 anos, resiste ao avanço dos grandes prédios sobre a casa onde viveu toda a vida com seu amor de infância, Ellie. O velho é dublado pelo ótimo Chico Anysio.

Após um incidente com um trabalhador dos prédios que estão sendo construidos, ele é obrigado a ir morar em um asilo. Porém, ao invés disso, ele decide colocar em prática o que sempre sonhou com a esposa: viajar para a América do Sul e desbravar as matas selvagens da Venezuela. Só que ele faz isso colocando milhares de balões de gás sobre sua casa. Obviamete isso foi inspirado pelo Padre que voou com balões.

Por acidente, acaba levando junto um legítimo escoteiro que precisa ajudar um idoso em alguma coisa para receber um distintivo de especialidade. Os diálogos entre os dois são muito engraçados, principalmente na irritação de Carl com o pequeno escoteiro e com as tiradas típicas de um escoteiro de verdade. As falas do cachorro que eles encontram na Venezuela também são muito engraçadas.

UP não é uma simples comédia animada de aventuras para as crianças. Ele encanta os adultos também falando de amizade, amor, perdas e desilução com nossos herois. herois esses próximos ou distântes.

terça-feira, 29 de setembro de 2009

|Exigências da vida moderna|

Recebi por email o texto abaixo e achei muito bacana.

 

Dizem que todos os dias você deve comer uma maçã por causa do ferro.

E uma banana pelo potássio.

E também uma laranja pela vitamina C.

 

Uma xícara de chá verde sem açúcar para prevenir a diabete.

Todo o dia deve-se tomar ao menos dois litros de água..

E uriná-los, o que consome o dobro do tempo.

Todo o dia deve-se tomar um Yakult pelos lactobacilos (que ninguém sabe bem o que é, mas que aos bilhões, ajudam a digestão).

 

Cada dia uma Aspirina, previne infarto.

Uma taça de vinho tinto também.

Uma de vinho branco estabiliza o sistema nervoso.

Um copo de cerveja, para... não lembro bem para o que, mas faz bem.

O benefício adicional é que se você tomar tudo isso ao mesmo tempo e tiver um derrame, nem vai perceber.

 

Todo o dia deve-se comer fibra.

Muita, muitíssima fibra.

Fibra suficiente para fazer um pulôver.

Você deve fazer entre quatro e seis refeições leves diariamente.

E nunca se esqueça de mastigar pelo menos cem vezes cada garfada.

Só para comer, serão cerca de cinco horas do dia.

 

E não esqueça de escovar os dentes depois de comer.

Ou seja, você tem que escovar os dentes depois da maçã, da banana, da laranja, das seis refeições e enquanto tiver dentes, passar fio dental, massagear a gengiva, escovar a língua e bochechar com Plax.

Melhor, inclusive, ampliar o banheiro e aproveitar para colocar um equipamento de som, porque entre a água, a fibra e os dentes, você vai passar ali várias horas por dia.

 

Há que se dormir oito horas por noite e trabalhar outras oito por dia, mais as cinco comendo são vinte e uma.

Sobram três, desde que você não pegue trânsito.

 

As estatísticas comprovam que assistimos três horas de TV por dia.

Menos você, porque todos os dias você vai caminhar ao menos meia hora (por experiência própria, após quinze minutos dê meia volta e comece a voltar, ou a meia hora vira uma).

 

E você deve cuidar das amizades, porque são como uma planta: devem ser regadas diariamente, o que me faz pensar em quem vai cuidar delas quando eu estiver viajando.

 

Deve-se estar bem informado também, lendo dois ou três jornais por dia para comparar as informações.

 

Ah! E o sexo.

Todos os dias, tomando o cuidado de não se cair na rotina.

Há que ser criativo, inovador para renovar a sedução.

Isso leva tempo e nem estou falando de sexo tântrico.

 

Também precisa sobrar tempo para varrer, passar, lavar roupa, pratos e espero que você não tenha um bichinho de estimação...

 

Na minha conta são 29 horas por dia.

 

A única solução que me ocorre é fazer várias dessas coisas ao mesmo tempo!!!

 

Tomar banho frio com a boca aberta, assim você toma água e escova os dentes. Chame os amigos e seus pais.

Beba o vinho, coma a maçã.

 

Agora tenho que ir.

 

É o meio do dia, e depois da cerveja, do vinho e da maçã, tenho que ir ao banheiro.

 

E já que vou, levo um jornal...

 

Tchau...

 

Se sobrar um tempinho, me manda um e-mail.

 

PS. Não esqueça de orar, agradecendo por ter tempo para tudo isto.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

|Definindo|

Em tempos de semana e acampamento farroupilha que, segundo o jornalista Previdi do www.previdi.com.br, deveria se chamar acampamento imperial tendo em vista que Porto Alegre foi "mui leal e valorosa" ao império brasileiro, resistindo ao certo dos farroupilhas, segue abaixo a Definição do Gaucho:

Definindo o Gaúcho
Antônio Goulart*

1

Gaúcho é teimoso como capim: depois de morto rebrota.
Gaúcho macho não chupa mel, mastiga a abelha.
Gaúcho não monta sem chapéu, sem relho ou sem laço.
Gaúcho não mente: conta vantagem, garganteia.
Gaúcho, mesmo desarmado, anda sempre de faca na bota.
Gaúcho não usa tatuagem, só marca na paleta.
Gaúcho não se deprime, fica de orelha murcha.

2

Gaúcho não se descontrola, perde os estribos.
Gaúcho não fica irritado, sai de lombo duro.
Gaúcho não fica triste, fica abichornado.
Gaúcho não foge, abre o pala.
Gaúcho não é orgulhoso, só não cabresteia para qualquer um.
Liberdade para gaúcho é andar de rédea solta.
Gaúcho não se entrega, afrouxa os garrões.

3

Gaúcho não pede dinheiro emprestado, dá uma facada.
Mulher de gaúcho anda sempre de rédea curta.
Valentia de gaúcho e dinheiro de paulista têm de ser conferido.
Gaúcho não monta sem bater no lombo do cavalo.
Gaúcho não fica em apuros, fica no mato sem cachorro.
Em briga de gaúcho, quem morre é o boi.

* Antônio Goulart é jornalista.

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

|Na faixa|

Muito legal a campanha da Prefeitura de Porto Alegre para que respeitem a faixa de segurança.

Orientações retiradas do site da campanha:
Porto Alegre tem um novo sinal de trânsito. Ele é fácil de fazer, fácil de entender e veio para melhorar o nosso dia a dia, ajudando o pedestre a atravessar a rua na faixa e deixando o trânsito da cidade mais seguro para todos.

Pedestre
Atravesse na faixa. E faça o novo sinal. Quando você estiver caminhando pela cidade, use sempre o novo sinal para atravessar na faixa. Ele funciona como um diálogo entre você e o motorista, sinalizando que você deseja atravessar.

Onde tem sinaleira, respeite a sinaleira. Normalmente, as sinaleiras estão em lugares onde circulam muitos carros. Nesses locais, é a sinaleira que indica a hora de atravessar, por isso o novo sinal não deve ser feito. É essencial respeitar o que indica a sinaleira e esperar a sua vez para atravessar com segurança.

Para atravessar onde não tem faixa, preste atenção. Se tiver uma faixa de pedestres a 50 metros ou menos de onde você está, atravesse na faixa. É mais seguro e garante mais harmonia no trânsito. Onde não tiver faixa por perto, lembre-se: olhe para os dois lados, atravesse em linha reta e sem correr.

Onde não tem faixa de pedestres, não faça o sinal. O trânsito é para todos e você tem preferência na faixa. Onde não tem faixa de pedestres, o novo sinal não deve ser feito.

Motorista, motociclista, ciclista
Ao ver pedestre na faixa, pare e dê a preferência. Respeitar a faixa é mais do que gentileza, é lei. Uma lei que nasceu para deixar o trânsito melhor para todos. Quanto mais a faixa for respeitada, mais será usada pelos pedestres, tornando o trânsito cada vez mais organizado.

Reduza a velocidade perto de faixas de pedestres. É mais fácil enxergar o pedestre fazendo o novo sinal. Além disso, evita freadas bruscas que podem comprometer a condução do motorista que está no veículo de trás.

Pare antes da faixa. Dessa forma, o pedestre tem a certeza de que você vai dar a preferência para que ele atravesse a rua.

Espere o pedestre atravessar. Somente arranque o seu veículo depois que o pedestre atravessou completamente a rua.

Seja prudente no trânsito. Não corra, diminua a velocidade ao se aproximar da faixa de pedestres e sempre fique atento ao veículo de trás.


Não raro fico com raiva de algum motorista que finge que a faixa de segurança não existe. Cheguei a pensar inclusivo que todas as faixas fossem apagadas tamanha a inutilidade delas em Porto Alegre.

Uma vez, em pleno domingo de sol na avenida Oswaldo Aranha eu estava atravessando na faixa e um taxista parou quase nos meus pés. Em cima da faixa. Não tive dúvida, dei um safanão na cabeça do motorista. O cidadão ficou muito brabo e queria vir pra cima de mim. Eu ia encarar o motorista mas acabei sendo puxado dali. Tenho certeza que aquele taxista lembra de mim na faixa de segurança.

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

|Amanhã, não fará diferença|

Em meio as comemorações da Indendência do Brasil, o grande feriado Nacional, assistindo a alguma reportagem sobre os desfiles marciais (que não sei para que servem) lembrei que ontem fui assistir ao show do Arthur de Faria e Seu Conjunto no Teatro de Arena em Porto Alegre. Lembrei hoje de uma música em especial. Uma música que na verdade é a adaptação de um poema de Daniel Galera.

Daniel Galera é o autor do livro que originou o filme Cão sem Dono, sobre o qual já escrevi alguma coisa quando ocorreu o lançamento. O poema é de uma sensibilidade que me fez pensar em coisas que já penso. A música serviria de trilha para todas as viradas do ano. Pelo menos hoje serve (infelizmente). O poema é uma oração. Uma breve oração de virada de ano. Serve para pensar no orgulho nacional do sete de setembro e todas as coisas que nos fazem ficar tão orgulhosos de nosso estado humano frágil.

Breve Oração de Virada de Ano
(Arthur, sobre poema de Daniel Galera)

"Dentes guardados. Não acabam nunca se guardados. Na boca apodrecem."
(Hilda Hilst, "Com os meus olhos de cão")

Deus, por favor não mais permita que os cachorros me dirijam olhares tristes por trás das grades do jardim das casas.
Deus, poupe-me também dos olhares tristonhos das empregadas que contemplam a cidade apoiadas nas sacadas dos prédios.
Tira, por favor, de todos os asilos, os adesivos do Ecco Salva afixados nas paredes.
Que as vastas platéias de cinema sejam ocupadas sempre por uma única pessoa, e que na saída do filme chova invariavelmente.
Bota fim, deus, a esse constrangimento injustificado que faz com que as pessoas desistam de foder e dar abraços, mesmo quando elas sabem que isto seria necessário.
Convence a todos da impossibilidade do amor, e observa enquanto descobrem o amor como a única possibilidade.
Quanto aos pecados capitais, peço que tornes a Gula compatível com a Vaidade, a Preguiça compatível com a Avareza, a Ira compatível com a Inveja, e que a Luxúria soterre as anteriores.
Acabe com a Aids, deus.
Que todos tenham plena consciência de que vão morrer definitivamente, e que na hora da morte não possam evitar um breve sorriso de desobediência infantil. E conserva os dentes dentro de nossas bocas,para que apodreçam conosco.
Que persista no tempo apenas aquilo que fomos capazes de criar.
Peço que amanhã de manhã, deus, eu seja acordado com o peso familiar de um certo corpo em cima do meu.
Que o sol invada minha barraca brando, resignado.
Então será o ano 2000, mas não fará diferença.

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

|Zero|

Fim do mês batendo a porta, escuto hoje na Ipanema a música do Mundo Livre S/A. Lembrei que que o meu saldo bancário é zero vírgula, zero, zero.

Saldo de Aratu

Mundo Livre S/A
De vez em quando é bom falar dos fracassados.
Me acordo pensando... me acordo pensando
Me acordo pensando em comer salada
As nove em ponto recebo o papel do banco
Dizendo que eu não tenho nada
Um zero vírgula dos zeros
Zero vírgula, zero, zero

Me deito pensando... me deito pensando
Me deito pensando em minha namorada
Mas logo na memória serei três dígitos
Sinalizando quanto resta
Me lembro que eu não valho nada
Zero vírgula, zero, zero

Eu já entendi, eu já entendi
(Zero vírgula, zero, zero)
Não precisa insistir, pra que insistir?
(Zero vírgula, zero, zero)
Mal, mal! Eu sei que eu to mal!
(Zero vírgula, zero, zero)
Olha aqui o aratu! Olha aí meu saldo atual

sábado, 25 de julho de 2009

|Inverno|

O inverno é capeletti, é lareira, é beijo quente, é pantufa, é moletom em casa, é mãos congelada, é luva, é chá a toda hora, é chocolate, é quilos indesejáveis, é da casa pro trabalho e vice-versa, é vinho, é pele sem bronzeado, é o cinza dos dias. É o quentão de hoje e gripe de amanhã, é veludo, é tricô, é bota, é manta, e pessoas desfilam bem vestidas pelas ruas...

Antes do fim:
Tirei daqui: http://www.sabrinaortacio.blogspot.com/

terça-feira, 30 de junho de 2009

Pronto falei

Morei por 20 anos em Viamão. Fui pra lá junto dos meus pais em 1988. Fui levado na mudança, junto com o guarda-roupa, a geladeira e a máquina de lavar. Não me lembro de ter sido consultado sobre a minha vontade. Também nem tinha vontade, com a idade que tinha só me restava ir.

Chegando à cidade logo vários vizinhos vieram oferecer suas amizades. Eles adoravam minha bicicleta e meu autorama. No colégio a diferença foi grande. Os colegas e professores achavam que eu era repetente pois já sabia toda a matéria. Onde eu morava antes freqüentava uma ótima escola particular, tinha bolsa de estudos, bons colegas e uma faixa de Primeiro Gaucho da 3ª série. Fui para um lugar longe de todos e de tudo.

Tive que crescer em Viamão, desviando dos maus elementos que sempre andavam por perto e aprendendo com os maus exemplos que tive que presenciar. Alguns maus exemplos perto demais. Fiz alguns poucos bons amigos, bem poucos na verdade. Tentei me divertir. Esperei o temo passar. Não pertencia aquele lugar.

Logo que pude fazer escolhas, escolhi ficar longe de Viamão. Estudei o Ensino médio em uma escola bem bacana, comecei a trabalhar em Porto Alegre e realmente só ia pra Viamão pra dormir. Porém, tenho que dar o braço a torcer e dizer que uma Xucra de Viamão me conquistou.

Desde dezembro de 2008 eu e a Aline estamos morando no nosso lar em Porto Alegre. É incrível como eu sou resistente em ter que voltar a Viamão. Vou de vez em quando porque algumas coisas ficaram lá. Mas cada vez que encontro aquele lugar me bate uma coisa que não explicar exatamente o que é. Só sei que depois de certo tempinho tudo o que eu quero é sair de Viamão e voltar pra o meu lugar. Começo a sentir uma indisposição, uma tristeza e um mau-humor que não sei de onde vem.

Antes do fim:
Retrovisor é passado
É de vez em quando... do meu lado
Nunca é na frente
É o segundo mais tarde... próximo... seguinte
É o que passou e muitas vezes ninguém viu
Retrovisor nos mostra o que ficou; o que partiu
O que agora só ficou no pensamento
Retrovisor é mesmice em dia de trânsito lento
Retrovisor mostra meus olhos com lembranças mal resolvidas
Mostra as ruas que escolhi... calçadas e avenidas
Deixa explícito que se vou pra frente
Coisas ficam para trás
A gente só nunca sabe... que coisas são essas
Teatro Mágico

19676

segunda-feira, 25 de maio de 2009

|Notícias|

Cinco semanas sem escrever nada. Não que não tenha acontecido nada, na verdade aconteceu muita coisa. Ainda é um tempo de transição pra mim. Casa nova, novas atividades e compromissos no trabalho, final da faculdade, fazer compras, dormir com a Aline todas as noites.

Bastante coisa acontecendo junto e muito rápido. Mas esta tudo muito bom. Melhor do que eu poderia imaginar que seria. Claro que existem os contratempos, as dificuldades e as discussões. No final das contas o saldo esta sendo positivo.

Andei fazendo uma revisão da minha saúde. Não esta muito bem. Estou tomando alguns cuidados e a Aline esta dando um apoio fundamental.

Antes do fim:
Um grande amigo meu casou. Na igreja com festa e lua-de-mel. Conheço ele faz um baita tempão. Ele tinha mais cabelo e menos barriga. Eu menos cabelo branco e menos barriga. O tempo passa...


19561

segunda-feira, 13 de abril de 2009

|A vida até parece uma festa|

Já que ganhei ingresso da rádio PopRock fui assitir ao salgado show dos Titãs no Bourbon Country. A Aline teve que pagar os R$60,00 do ingresso para me acompanhar. O sacrifício não foi tão grande.

Os Titãs mostraram em Porto Alegre parte dos maiores sucessos dos seus quase 30 anos de carreira. O show reuniu fãs das mais variadas idades, mesclando novos e antigos admiradores. Os cinco remanescentes da banda (Branco Mello, Charles Gavin, Paulo Miklos, Sérgio Britto e Tony Bellotto) mais dois músicos de suporte, mostraram uma forma rockeira do seu show sem instrumentos desnecessários. Foi a já consagrada união de guitarras, baixo, bateria e som alto que garantiu o sucesso da apresentação.

O show mostrou um pouco de cada fase da banda. O início foi morno com a platéia fria. Diversão e Flores abriram o show. Em seguida, o cover de Roberto Carlos, O Portão, esfriou mais ainda o público, levando uma série de músicas mais suaves em sequência, terminando com a já clássica Epitáfio – cantada em coro pela mulherada. Dava vontade de sentar no chão.

Miklos começou a salvar o show brincando com o bairrismo dizendo que os Titãs gostariam de ser uma banda de rock gaúcho. Se o público estivesse em sintonia com o palco seria inevitável o famoso "Ah eu sou gaúcho!" Depois disso os Titãs começaram a encontrar o tom e iniciou a melhor parte do show, com as músicas mais pesadas, interpretadas pelo sempre irreverente Miklos. Entre elas Vossa Excelência e Bichos Escrotos.

O microfone passou para Britto e vieram AA UU e Polícia. A primeira parte do set list terminou com o primeiro sucesso da banda: Sonífera Ilha. No primeiro bis, o dispensável cover de Paralamas, Lourinha Bombril e É preciso Saber Viver, para delírio dos fãs do Roberto Carlos de plantão.

Para encerrar uma apresentação não muito mais do que legal, a banda surpreendeu tocando o pulso e encerrou com Comida.

O show do Nando Reis é melhor que o show dos Titãs.

Antes do fim:
Para quem não foi no show, ou pra quem foi e quer mais Titãs, vale a pena assistir no cinema o documentário "A vida até parece uma festa", com gravações de bastidores de todas as fases da banda, organizados pelo Branco Melo.

19433

segunda-feira, 6 de abril de 2009

|Mobilização|

Tenho dificuldade para entender a forma como as pessoas arrumam tempo para certas coisas. No último sábado, dia 4 de abril foi comemorado o centenário da fundação do time do Inter em Porto Alegre.

Para marcar a data foi marcado uma caminhada que ia do local da fundação até a atual sede do clube. Milhares de pessoas mobilizaram-se para a tal caminhada sem uma boa causa.

Porque não aproveitar tal mobilização de pobres fanáticos torcedores para sensibilizar a população por alguma boa causa? Porque não convidar as mais de 30 mil pessoas para plantar 30 mil mudas de árvores em algum bonito local?
Porque não convidar os 30 mil colorados á doarem alimentos para alguma campanha de arrecadação para alguém mais pobre que eles?
Porque não convidar os 30 mil tocedores para num grande mutirão fazer uma limpeza nas paradas de ônibus da capital?
Porque não fazer uma mega doação de sangue vermelho?

Porque não engajar a torcida emprol de alguma atividade educativa, civilizada, engrandecedora.

Porque só caminhar sem nenhum motivo a não ser comemorar os 100 de um clube que arrecada o dinheiro dos pobres para sustentar times milionários?

Que saudade das marchas na abertura do Fórum Social Mundial, pela paz, todos de branco por um novo mundo. Era bonito.

Dá uma pena desse povo brasileiro que acha que futebol é importante.
Não consigo compreender esse fanatismo.

Antes do fim:
Parabéns ao marketing do Inter que soube muito bem aproveitar esse aniversário e faturar ainda mais com o povo. Todos os lugares e mídias mostraram as camisetas vermelhas pelas ruas. Top de Marketing para o Inter!

19413

quinta-feira, 26 de março de 2009

|O desaparecido|

Esses dias desapareceu um jogador do Grêmio. Saiu sem dar satisfação e quando encontrado também não deu satisfação. Acho curioso isso de as pessoas desaparecerem. Esses dias precisava contatar uma pessoa que era o contato de um trabalho e ela desapareceu. Cinco dias depois entrou em contato disse que o telefone dele andava tocando demais e desligou. Simples assim.

 

Hoje no Jornal do Comércio o colunista Fernando Albrecht escreveu o texto abaixo:

 

"...então você diz que vai na esquina e desaparece?"

 

Um dia, ele disse que ia na esquina comprar cigarro e desapareceu. Não é força de expressão ou sentido figurado. Ele disse exatamente isto:

- Vou ali na esquina comprar cigarro.

E ficou desaparecido por 10 anos. Há algum tempo, reapareceu. Bateu na porta, a mulher foi abrir, e lá estava ele, todo pimpão. Quieto, sem dizer uma palavra. A mulher despejou sua revolta em cima dele:

- Canalha! Então você diz que vai na esquina comprar cigarro e desaparece? Me abandona, abandona as crianças, fica dez anos sem dar notícia e ainda tem o desplante, a cara de pau, o acinte, a coragem de reaparecer deste jeito? Pois você vai me pagar. Fique sabendo que você vai ouvir poucas e boas. Essa eu não vou lhe perdoar nunca. Está ouvindo? Nunca!! Entre, mas prepare-se para..."

Nisso, o homem deu um tapa na testa, disse:

-         Putz! Esqueci os fósforos.

quarta-feira, 11 de março de 2009

|Sonho De Uma Flauta|

Nem toda palavra é

Aquilo que o dicionário diz

Nem todo pedaço de pedra

Se parece com tijolo ou com pedra de giz

Avião parece passarinho

Que não sabe bater asa

Passarinho voando longe

Parece borboleta que fugiu de casa

Borboleta parece flor

Que o vento tirou pra dançar

Flor parece a gente

Pois somos semente do que ainda virá

A gente parece formiga

Lá de cima do avião

O céu parece um chão de areia

Parece descanso pra minha oração

A nuvem parece fumaça

Tem gente que acha que ela é algodão

Algodão as vezes é doce

Mas as vezes né doce não

Sonho parece verdade

Quando a gente esquece de acordar

O dia parece metade

Quando a gente acorda e esquece de levantar

Hum... E o mundo é perfeito

Hum... E o mundo é perfeito

E o mundo é perfeito

Eu não pareço meu pai

Nem pareço com meu irmão

Sei que toda mãe é santa

Sei que incerteza traz inspiração

Tem beijo que parece mordida

Tem mordida que parece carinho

Tem carinho que parece briga

Briga que aparece pra trazer sorriso

Tem riso que parece choro

Tem choro que é por alegria

Tem dia que parece noite

E a tristeza parece poesia

Tem motivo pra viver de novo

Tem o novo que quer ter motivo

Tem a sede que morre no seio

Nota que fermata quando desafino

Descobrir o verdadeiro sentido das coisas

É querer saber demais

Querer saber demais

Sonho parece verdade

Quando a gente esquece de acordar

O dia parece metade

Quando a gente acorda e esquece de levantar

Mas sonho parece verdade

Quando a gente esquece de acordar

E o dia parece metade

Quando a gente acorda e esquece de levantar

E o mundo é perfeito

E o mundo é perfeito

E o mundo é perfeito...


O Teatro Mágico

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

|Carnaval|

Passei o carnaval em Porto Alegre. Não fazia isso já nem me lembro a quanto tempo, acho que a mais de 20 anos eu me dirigia ao litoral na época das festas do Rei Momo.

Interessante ver a cidade com a sua populaçao correta. Nada estava muito cheio, nada estava muito barulhento. Estava tudo da forma como gostaríamos que fosse. O curioso de passar o feriado de carnaval longe do mar é que acabei assistindo os desfiles das escolas de samba na televisão, assim como a falta de pauta dos telejornais. 

O Jornal do Almoço chegou a transmitir uma reportagem sobre um Lobisomem que estava ligando para o celular de uma mulher. Mas sem assunto não poderia ser. Mas o mais incrível é a comparação do desfile de carnaval de Porto Alegre com os desfiles do Rio de Janeiro e de São Paulo. Não tem como comparar. O Carnaval de Porto Alegre é tosco. A cobertura dos desfiles feita pela Rádio Gaúcha e pela RBS TV é melhor que a da Rede Globo, mas o carnaval daqui... lamentável. Acho que são escolas demais pra foliões de menos. São 14 escolas no chamado grupo especial, outras 6 ou 7 no grupo de acesso. Porque não se unem e formam no máximo umas 10 escolas menos toscas? Fica a idéia.

Antes do fim:
Achei muito interessante o carnaval de Recife mostrado na Band. Não é só os bonecões que aparecem na Globo, tem diversos shows abertos ao público e destaco os espetáculos de Mundo Livre S/A com a participação especial do Mano Chao, Alceu Valençae outros bem bacanas.

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

|Na Natureza Selvagem|

Roteiro e direção: Sean Pen

Baseado na Obra de: Jon Krakauer (Into the Wild)

Elenco: Emile Hirsch (Christopher McCandless), Marcia Gay Harden (Billie McCandless), William Hurt (Walt McCandless), Jena Malone (Carine McCandless), Brian Dierker (Rainey), Catherine Keener (Jan Burres), Vince Vaughn (Wayne Westerberg), Kristen Stewart (Tracy), Hal Holbrook (Ron Franz), Zach Galifianakis (Kevin)

Duração: 140 min.

Gênero: Drama/Aventura

Christopher Johnson McCandless nasceu em 1968 e cresceu no estado da Virginia, EUA. Filho de um engenheiro da NASA, ele sempre se destacou por sua habilidade atlética e um certo isolamento, que se traduziu num crescente descontentamento com a situação social nos EUA. Em 1990, inspirado pelos trabalhos de escritores como Jack London, Leon Tolstoi e Henry David Thoreau, largou tudo após concluir a universidade, doou suas economias para a caridade e se tornou um andarilho, assumindo a alcunha de Alexander Supertramp. Viajou pelos EUA, alternando períodos na estrada e trabalhos temporários. Sua peregrinação culminou em uma viagem para o Alasca, onde pretendia viver da terra em um estado de isolamento e contemplação.

A história real de Christopher McCandless se tornou o livro “Na Natureza Selvagem”, de Jon Krakauer, em 1997. Dez anos depois, o ator e diretor Sean Penn reacende a lenda deste jovem, neste belíssimo e emocionante drama. O filme traz um magro e barbudo Emile Hirsch (“Os Reis de Dogtown”, “Alpha Dog”) como protagonista, quase irreconhecível para quem se lembra de seu papel como o garoto de “Show de Vizinha”, de 2004. “Acho que eu tinha uns 9 anos quando passou um programa na televisão e eu fui cativado e fascinado pela história desse cara que foi para o Alasca”- lembra-se Hirsch - “Aquilo me impactou profundamente quando eu era criança. Depois que Sean me ofereceu o papel e eu li o livro, aquelas emoções voltaram com tudo.”. Tentando recriar a personalidade forte e decidida de Chris, Hirsch faz um trabalho impecável e merece cada um dos muitos elogios que recebeu de público e crítica por sua atuação. Também espanta a seriedade de seu treinamento físico: para filmar as cenas no Alasca, o ator de apenas 22 anos chegou a perder 15 quilos, atingindo o peso de 52 Kg (ele tem 1,70 m).

Eu poderia dizer que a presença dominante de Emile Hirsch, entremeada por uma narração quase poética, carrega o filme, mas isso seria uma grandíssima injustiça em relação a todos os outros envolvidos no trabalho, em especial com o veterano Hal Holbrook. Holbrook interpreta Ron Franz, um viúvo e veterano de guerra que conhece Chris durante suas viagens e por algum tempo convive com o andarilho, ensinando-lhe sobre sua profissão. Ron, assim como tantos outros no caminho de Chris, vive à margem da sociedade, isolado em um mundo particular. O momento da despedida entre ele e o jovem idealista é o momento mais emocionante do filme, tanto que Hal Holbrook foi indicado ao Oscar de melhor ator coadjuvante em 2008. Outros atores também marcam presença no longa: William Hurt e Marcia Gay Harden fazem os papéis dos pais de Chris e servem como vínculo do andarilho ao seu passado; a jovem Jena Malone interpreta Carine, a irmã de Chris, e faz muitas das narrações do filme, contando um pouco do passado dos dois irmãos. Uma surpresa entre os coadjuvantes é Brian Dierker, treinador de Hirsch nas cenas com caiaque, que acabou sendo convencido por Sean Penn a interpretar Rainey, um hippie que viaja pelas estradas em seu trailer com a parceira Jan, vivida pela atriz Catherine Keener. Outro nome que merece ser mencionado é o da bela Kristen Stewart, interpretando uma adolescente no acampamento de trailers de Slab City que se apaixona pelo espírito aventureiro de Chris.

Desde o lançamento do livro de Krakauer, Sean Penn buscava uma oportunidade para obter os direitos de filmagem da história. Foram tantos anos até a família MacCandless se sentir preparada para reviver aquele período em suas vidas, que quando o projeto recebeu o sinal verde, Penn já sabia exatamente como fazer seu filme. “Era como se Sean tivesse pensado no filme durante todos aqueles dez anos. Tudo aquilo simplesmente começou a sair porque o filme inteiro já estava dentro dele antes mesmo de Sean escrever uma página” comenta Art Linson, produtor do filme. Isso fez com que Sean Penn tivesse tempo para fazer escolhas muito específicas para a produção. Para a cinematografia, que envolveria muitas paisagens naturais e deveria tentar transmitir o sentimento de assombro de Chris em relação à natureza, o diretor procurou Eric Gautier, diretor de fotografia em “Diários de Motocicleta”, de Walter Salles. Nas palavras de Sean Penn: “Eu conversei com Walter Salles, quem eu conheço e respeito muito, e ele começou a falar sem parar como Eric era excelente e um verdadeiro artista e tal... e ouvir isso de Walter foi uma coisa e tanto... Eu sinto que fui muito sortudo, pois este é o cara com quem quero fazer todos os meus próximos trabalhos”. Não só na identidade visual de “Na Natureza Selvagem” vemos o cuidado de Sean Penn. O diretor também queria que o filme tivesse uma identidade musical única e acabou procurando Eddie Vedder, ex-vocalista do Pearl Jam, para complementar a trilha sonora para a película. O compositor já conhecia Penn desde seu trabalho na trilha sonora de “Os Últimos Passos de um Homem” e não hesitou em participar do projeto. Vedder compôs várias das canções originais do filme, tocando ele mesmo todos os instrumentos em muitas das composições. O estilo rústico das músicas e a voz de Vedder caem como uma luva no ritmo e na fotografia do filme, criando uma trilha sonora marcante e que não deveria ter ficado de fora do Oscar de 2008. A impressão realmente é de que a música de Vedder ajuda a contar a história e mergulha nos pensamentos de Chris à medida que este atravessa os EUA.

É difícil não ser repetitivo ao elogiar “Na Natureza Selvagem”. Um trabalho que mostra uma grande maturidade artística de Sean Penn como diretor e roteirista e uma produção impecável, com atuações emocionantes, é o mínimo a se dizer. Dizer que o filme além de belo traz uma profunda reflexão sobre nosso papel na sociedade também seria apenas tocar a superfície de “Na Natureza Selvagem”. Mas nesse ponto acaba a crítica cinematográfica e começa a filosofia, então prefiro deixá-los com o filme e com suas próprias reflexões.

Gustavo Catão

Antes do fim:

O filme é espetacular. Não sei porque demorei tanto para assistir. Deve ser por culpa dessa demora que assisti o filme duas vezes seguidas. A jornada do protagonista deveria ser obrigatória para todas as pessoas, afinal quem não quer encontrar o seu Alaska?


19038