Esses dias desapareceu um jogador do Grêmio. Saiu sem dar satisfação e quando encontrado também não deu satisfação. Acho curioso isso de as pessoas desaparecerem. Esses dias precisava contatar uma pessoa que era o contato de um trabalho e ela desapareceu. Cinco dias depois entrou em contato disse que o telefone dele andava tocando demais e desligou. Simples assim.
Hoje no Jornal do Comércio o colunista Fernando Albrecht escreveu o texto abaixo:
"...então você diz que vai na esquina e desaparece?"
Um dia, ele disse que ia na esquina comprar cigarro e desapareceu. Não é força de expressão ou sentido figurado. Ele disse exatamente isto:
- Vou ali na esquina comprar cigarro.
E ficou desaparecido por 10 anos. Há algum tempo, reapareceu. Bateu na porta, a mulher foi abrir, e lá estava ele, todo pimpão. Quieto, sem dizer uma palavra. A mulher despejou sua revolta em cima dele:
- Canalha! Então você diz que vai na esquina comprar cigarro e desaparece? Me abandona, abandona as crianças, fica dez anos sem dar notícia e ainda tem o desplante, a cara de pau, o acinte, a coragem de reaparecer deste jeito? Pois você vai me pagar. Fique sabendo que você vai ouvir poucas e boas. Essa eu não vou lhe perdoar nunca. Está ouvindo? Nunca!! Entre, mas prepare-se para..."
Nisso, o homem deu um tapa na testa, disse:
- Putz! Esqueci os fósforos.
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