quarta-feira, 30 de novembro de 2022

No topo

Que dias maravilhosos. Que fase ótima. Sentimentalmente falando estou feliz demais. Me sinto lá no alto da pirâmide do seu Maslow na maior parte do tempo. Parece que finalmente falo a mesma língua que a pessoa que me acompanha no dia a dia.

Compreensão, carinho, troca, parceria. Cuidado. Me sinto bem importante para alguém. Faço a diferença.

Admiração, orgulho, amor, aprendizado. Sinto tudo isso e muito mais. Espero sempre poder estar junto.

Amo e sinto que sou amado.

segunda-feira, 30 de maio de 2022

Sucessões do rock

A cidade de Porto Alegre não tem mais rádios que toquem rock. Já tivemos a Felusp, a Ipanema, Unisinos e até uma Oi FM que tocavam muita música boa e valorizavam a produção local. Hoje somente rádios de internet fazem isso. Gosto muito da Putzgrila e da Rádio Elétrica. Mas é pouco. Essas rádios "virtuais" ainda não atingem tanta gente.

Fato é que não se tem notícia de novas produções musicais locais. Os músicos que eu conheço estão aos poucos indo embora. Minhas influências musicais estão morrendo e não estou conseguindo substituir. As coisas musicais que tenho acesso não são tão interessantes ou não me fazem bater o pé. Vivemos num momento diferente de consumir música. A Alexa é que escolhe o que eu vou escutar. Mas não tem o locutor me trazendo detalhes sobre a música, sobre a banda ou sobre o cantor. Quero saber essas coisas. É o algoritmo do Google quem me oferece os eventos que talvez eu tenha interesse. Mas eu quero saber de alguém que já foi ou conhece se é realmente bom.

Faço essa reflexão depois de ir ao espetáculo da Orquestra da Ulbra e convidados com os clássicos do rock gaúcho. Miranda não está mais lá como produtor de tantas coisas legais. Alguns anos atrás eu já tinha assistido a essa apresentação e Júpiter Maça estava lá cantando Lugar do Caralho. Eu gostaria que a Mary Mezzari estivesse lá apresentando. Assisti a um Julio Reny cantar lentamente e Jimi Joe com dificuldade para conectar seu instrumento. Fiquei preocupado com eles.

Nei Lisboa, King Jim, Frank Jorge, Wander Wildner ainda estão na ativa. Espero que por bastante tempo. A sucessão roqueira de Porto Alegre precisa ser melhor trabalhada. Mais espaços precisam ser abertos para divulgação. Sinto falta. 

quinta-feira, 24 de março de 2022

Porto Alegre 250

    Porto Alegre está completando 250 anos em 2022. Se formos comparar com grandes cidades do mundo, a capital dos gaúchos é uma cidade bastante jovem. Para compararmos, Londres foi fundada no ano 42 D.C., Madri no século IX, Buenos Aires em 1536, Salvador em 1549, São Paulo em 1554, Rio de Janeiro em 1565, Montevideo em 1724 e Porto Alegre só em 1772. Apesar da pouca idade, a cidade tem bastante história, vários lugares bacanas e muita cultura em seus bairros e ruas.

    Existe uma vontade de tornar Porto Alegre uma cidade mais turística. Talvez o bairrismo e conservadorismo dos Porto Alegrenses trave um pouco essa trajetória. O turismo é um excelente mecanismo para alavancar uma cidade socialmente, economicamente e culturalmente.

    Quer conhecer a cidade e tem pouco tempo? Vamos a dicas de lugares para ir na cidade pensando num roteiro de 1 dia. Comece o dia visitando o Parque Moinhos de Vento e a Hidráulica Moinhos de Vento, siga para o Centro e visite a Casa de Cultura Mario Quintana, Paço Municipal, Mercado Público e almoce no Chalé da Praça XV.

Parque Moinhos de Vento e Hidráulica Moinhos de Vento

Um parque com belo cenário, tranquilo e agradável. Tem um charmoso lago, uma réplica de um Moinho de Vento, espaço para caminhadas, bancos para bater um papo e tomar um chimarrão e quadras de esportes.

Um dos lugares mais bonitos e pouco frequentados da cidade são os jardins da Hidráulica Moinhos de Vento. Entre as atrações deste local estão a torre da Hidráulica Moinhos de Vento – antiga casa de filtros construída em 1910 e desativada em 1969, o prédio histórico - construído em 1928 com arquitetura inspirada no Palácio de Versalhes, com traços ecléticos positivistas -, os jardins com um belo chafariz e a Galeria de Arte.

Casa de Cultura Mario Quintana

O prédio do antigo Hotel Majestic, foi inaugurado em 1923, o auge dele aconteceu nas décadas de 1930, 40 e 50, era como se fosse o Copacabana Palace dos gaúchos de tão luxuoso e chique. Um projeto bastante ousado para época, com passarelas suspensas na via pública e utilização de concreto armado, terraços e sacadas. Durante os áureos tempos o hotel recebeu hóspedes ilustres como Getúlio Vargas e Jango Goulart. Entre os anos de 1968 e 1980, viveu no hotel, no apartamento 217, o escritor Mário Quintana, razão pela qual o centro cultural homenageia-o com seu nome.

Paço Municipal

No final de 2021, foi anunciado que o Paço Municipal deixaria de abrigar a sede administrativa da prefeitura, que se mudou em março de 2022 para um novo endereço. O edifício histórico passará a funcionar exclusivamente como museu e centro cultural, com o nome de "Museu de Arte de Porto Alegre". Em frente ao prédio da prefeitura tem a Fonte Talavera de La Reina, que foi um presente da "colônia espanhola" entregue em 1935, por ocasião da comemoração do centenário da Revolução Farroupilha.

Mercado Público

O Mercado Público faz parte das tradições da cidade, principalmente por sua Banca 40 (uma sorveteria), seu centenário restaurante Gambrinus e um dos mais tradicionais bares da cidade, o Bar Naval, com 101 anos. O mercado tem sua arquitetura externa totalmente preservada. Existem mais de 100 lojas, que vendem de tudo: especiarias, erva-mate e utensílios gaúchos, artigos para cultos religiosos, lojas de artigos de confeitaria, bacalhau e outros peixes e carnes, lancherias e restaurantes. Existem mais de 100 mil itens à venda.

Chalé da Praça XV

Curiosamente construído com elementos desmontáveis de aço, madeira e vidro, seu estilo é eclético, e revela a preferência pelo pitoresco da época de sua construção. O atual chalé não é o primeiro no local. O primeiro foi inaugurado em 22 de novembro de 1885, como um quiosque para venda de sorvetes. Foi reformado em 1909 e 1911, e novamente em 1971, após um incêndio. Foi tombado pelo Patrimônio Histórico Municipal. Em 1999, junto com a recuperação da praça, o edifício foi restaurado. Em 2011 o chalé e sua praça foram reinaugurados pela Prefeitura, após a recuperação da sua estrutura e ampliação com um edifício anexo em linhas contemporâneas.

Depois do almoço é hora de conhecer O viaduto Otávio Rocha, a Praça da Matriz com o Teatro São Pedro, Palácio Piratini, Catedral Metropolitana, Palácio da Justiça e Ministério Público. Desce a ladeira e vai na Praça da Alfandega com o Memorial do Mercosul, Santander Cultural e Margs. Visite a Orla Moacyr Scliar e a Usina do Gasômetro e finaliza o dia com um jantar no Cais Embarcadeiro.

Viaduto Otávio Rocha

As origens do viaduto remontam a 1914, quando o primeiro plano diretor da cidade previu a abertura de uma rua para ligar as zonas leste, sul e central de Porto Alegre. Essa decisão exigiu um rebaixamento considerável no terreno, interrompendo o curso da Rua Duque de Caxias e obrigando a criação de uma via elevada para reconstituir sua passagem. Só em 1927 foi aprovado e projeto e a entrega à população ocorreu em 1932.

Praça da Matriz

A Praça da Matriz concentra importantes locais de Porto Alegre. Catedral Metropolitana, Palácio Farroupilha, Assembleia Legislativa, Palácio da Justiça, Biblioteca Pública, Teatro São Pedro, Memorial do Ministério Público, Solar dos Câmara e Museu Júlio de Castilhos. Todos prédios históricos e ótimos locais para fotos.

Praça da Alfandega

A praça é tombada pelo IPHAN[1] e pelo IPHAE. É cercada por importantes edificações, algumas delas igualmente históricas e antigas, tais como o Museu de Arte do Rio Grande do Sul Ado Malagoli (MARGS), o Memorial do Rio Grande do Sul, o Santander Cultural e o Clube do Comércio de Porto Alegre. É na sombra dos seus Jacarandás que realiza-se anualmente a Feira do Livro entre os meses de outubro e novembro.

Orla Moacyr Scliar

Projetada pelo arquiteto Jaime Lerner, o trecho entre a Usina do Gasômetro e a Rótula das Cuias conta com ciclovia, mirantes, quadras esportivas, ancoradouro para barcos turísticos, bares e um restaurante panorâmico. É um dos principais pontos de lazer da cidade, chegando a receber 60 mil pessoas num único final de semana.

Cais Embarcadeiro

É um complexo de lazer e gastronomia construído em uma parte dos antigos galpões do Cais do Porto Mauá em Porto Alegre, às margens do Rio Guaíba. É uma espécie de versão Puerto Madero de Buenos Aires. É um lugar imperdível em Porto Alegre.

quinta-feira, 10 de março de 2022

Ainda Orangotangos e o Beco dos Pesadelos

Um mocinho que de tão ganancioso e aproveitador, torcemos para que ele em algum momento se dê mal. Esse é o papel de Bradley Cooper (Nasce uma estrela) no filme Beco dos Pesadelos. Cooper vive o personagem Stanton, um homem perdido e sem perspectivas até encontrar um circo. O filme se passa entre os anos 30 e 40, uma época de pessoas com menos informações, onde era possível apresentar num circo além de animais, criaturas e mentalistas. E é com um mentalista que Stanton busca inspiração e se torna um charlatão inescrupuloso que cobiça ganhar dinheiro através da fé e da dor das pessoas. Ele aprende, se aprimora, sai do circo com a moça mais bonita, conquista a cidade grande, faz aliança com uma “femme fatale”, se aproveita da dor alheia, engana e exagera na dose.

Guillermo del Toro é o diretor de mais essa fábula, algo corriqueiro no currículo dele. Em sua trajetória cinematográfica sempre temos que lidar com alguma “criatura”, isso aparece em filmes como Labirinto do Fauno e A Forma da água. Em Beco dos Pesadelos a criatura pode ser o próprio ser humano.

O filme me lembrou vagamente a ideia do filme rodado em Porto Alegre “Ainda Orangotangos” (dirigido por Gustavo Spolidoro) que também mostra pessoas “normais” que se tornam primitivas devido a situações e circunstancias. Vale a pensa tentar pensar em um paralelo entre a ideia desses dois filmes.

O elenco de estrelas conta com Cate Blanchett, Rooney Mara, Toni Collette e Willen Dafoe. Um bom filme.

domingo, 2 de janeiro de 2022

2022

Um novo ano e uma nova oportunidade de termos um marco limitador de coisas a serem realizadas ou de metas a serem cumpridas. Escrevo este texto já no segundo dia do ano e já tenho que revisar várias coisas que não programei adequadamente. Por um lado até que é bom, muito melhor revisar um projeto quando ele ainda está no início do que depois já em andamento pleno. A verdade é que não é tão fácil termos pleno controle sobre o dia a dia. Se tentar controlar tudo, você vai ser novamente o chato.

Vamos a algumas resoluções:

Em 2022 gostaria de poder trabalhar menos sem decréscimo monetário. Quem não quer? Mas estou precisando reduzir um pouco o ritmo alucinante trabalho que tenho. Ainda não sei como vou fazer isso.

Em 2022 preciso seguir como em 2021, onde comecei a fazer coisas ótimas que gosto muito. Vou continuar a encontrar pessoas legais e me divertir. Preciso continuar a me socializar. Eu melhorei muito nesse aspecto.

Iniciei 2022 esquecendo que sempre precisamos lembrar que a palavra amigo não deve ser usada em vão. Tenho que lembrar que a única pessoa que tenho que confiar é eu mesmo.

Em 2022 preciso cuidar menos dos outros e cuidar mais de mim. Isso vai reforçar uma característica não tão boa que é o individualismo. Mas se não eu, quem cuida e se preocupa comigo?

Em 2022 preciso ler mais livros e usar menos redes sociais eletrônicas. Só isso, simples assim.

Esses são os pontos de destaque. O saldo de 2021 foi muito bom. Acredito que fui feliz na grande maioria dos dias. Que 2022 traga o que tiver que trazer com cuidado para esses pontos.