As pessoas acham que é absurdamente refrescante andar de moto com esse Sol que vem brilhando no céu de Porto Alegre. Pois lhes digo, é terrível. Enquanto se esta andando, sem carros em volta é tranquilo. O problema acontece quando é necessário andar entre os carros, nos corredores ou atrás dos outros veículos. Aí o calor cozinha o corpo do motociclista. Ficar atrás dos carros, além da falta de vento, tem o bafo quente que sai dos escapamentos. Ao lado tem o calor dos motores. O menos ruim é se infiltrar e ficar na frente da fila.
Na frente da fila o problema não fica resolvido. Tem o Sol que cozinha as costas e derrete a cabeça dentro do capacete. Se o motociclista for precavido e andar protegido ele vai estar usando no mínimo luva e jaqueta. E as jaquetas na maioria das vezes é preta. A jaqueta preta suga o Sol.
Todo esse sofrimento é suportado por se estar ao ar livre, com o vento no corpo. Livre.
Agora imagina passar esse calor dentro de um ônibus com mais passageiros em pé, espremido, com janelas pequenas e sem ar-condicionado.
É o que a prefeitura de Porto Alegre vai colocar nos termos da licitação do transporte público. Será que isso é qualidade? Será que as pessoas vão dar preferencia para o transporte público, deixar seus carros em casa e desocupar as ruas e avenidas da cidade?
Acho que vou andar de moto.
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