quinta-feira, 24 de fevereiro de 2005

|Só pulando...|

As vezes eu tenho vontade de colocar um pára-quedas nas costas e pular deste mundo pra algum outro sistema solar. É incrível o número de coisas que acontecem e ninguém faz nada.
Os deputados conseguiram juntar um certo número de assinaturas para que o projeto de auto-aumento salarial seja votado com urgência. O absurdo ainda por cima é retroativo a janeiro.
Não lei para beneficiar quem trabalha neste país. A vagabundagem é incentivada, com vários incentivos. Quem quer trabalhar acaba prejudicado pois o empregador tem que ter um certo fundo de reserva para os “malandros” que usam essas leis. Detesto a lei trabalhista brasileira que nada mais é do que uma lei para que continuemos deitados eternamente em berço esplendido.
O presidente do país “mais” importante do planeta acha imoral casamento entre pessoas do mesmo sexo e acha normal as pessoas morrerem em uma guerra.
O príncipe da Inglaterra, contrariando todos os contos de fada onde o príncipe mata a bruxa e vive com a princesa, matou a princesa e vai casar com uma bruxa. Êta gosto estragado!
As pessoas que querem protestar e chamar a atenção contra alguns abusos cometidos como tarifaços e aumento de certas coisas são violentamente reprimidas com cassetetes da polícia militar e a opinião pública acha tudo muito normal.
Em plena seca no Rio Grande do Sul as pessoas lavam a calçada porque pagam a água.
Como pode o Papa, que é o cara que mais reza no mundo, estar sofrendo por causa de uma gripe?
Já tem motivo de sobra pra pular! Alguém me alcança o pára-quedas?

Antes do fim:
E você estava esperando voar
Mas como chegar até as nuvens com os pés no chão?
O que sinto muitas vezes faz sentido
E outras vezes não descubro o motivo
Que me explique porque é que não consigo ver sentido
No que sinto, no que procuro e desejo que faz parte do meu mundo.

Eu era um lobisomem juvenil
Legião Urbana

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2005

|Trouxas|

País de trouxas. Não podemos ser outra coisa. É impensável um lugar em que a população vota em criaturas como o novo presidente da câmara, que acha pouco o salário de 12 mil que ganha e quer aumentar para uns 20 e poucos mil. É quase cem vezes o salário mínimo. Se o salário é baixo, larga. Vai procurar um que pague mais, vai achar um que tenha 90 dias de recesso. Vai achar um emprego em que você pode se reunir com os coleguinhas e votar no próprio salário. Se contar em outro planeta ninguém acredita. É muita cara de pau!

Antes do fim:
A sem-vergonhice é tanta que eu lembrei de uma música velha muito atual, que lembra muito as sessões de votação de nossos deputados.

Você me chamou para esse pagode
Nem me avisou aqui não tem pobre
Até me pediu pra pisar de mansinho
Porque sou da cor eu sou escurinho
Aqui realmente está toda a nata
Doutores senhores até magnata
Com a bebedeira e a discussão
Tirei a minha conclusão
Se gritar pega ladrão
Não fica um meu irmão


Reunião de bacana – Os originais do samba

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2005

|Crise de identidade|

Não sei a quem recorrer.
Não sei quem me representa.
Não sou sem terra.
Não sou desempregado.
Não sou vitima dos abusos contra os direitos humanos.
Não sou metalúrgico.
Não sou capitalista.
Não sou empresário.
Não sou camponês.
Não dona de casa.
Não sou agricultor.
Não sou latifundiário.
Não sou bancário.
Não sou banqueiro.
Só trabalho e estudo.
Acho que tenho tudo o que todo mundo quer e não preciso de mais nada.
Não faço greve.
Não tenho pra quem reivindicar nada.
Não tenho muita escolha.
Só tenho que esperar...
Um dia isso tudo há de melhorar.
São pessoas como eu, que trabalham e estudam, que movimentam o Brasil que não são lembradas por ninguém. Não temos tempo pra sindicatos, não temos tempo para partidos políticos, não temos tempo pra parar o Brasil, somos mantidos ocupados. E assim estamos abandonados, com baixos salários e pagando a conta de quem esta lá em Brasília, nos representando.

Antes do fim:
Mulher, hemorróidas e dinheiro, quem tem não diz.

(Fausto Silva)

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2005

|O retorno|

Sim! Voltei. Depois de um curto recesso estou de volta para importunar quem se atreve a ler essas besteiras que se passam na minha cabeça e se transformam em textos através deste teclado que vocês não estão vendo.
Bem, não tenho novidades. Passei o carnaval no Morro dos Conventos em Santa Catarina como no ano passado e é lógico que foi muito bom. Já estou de volta ao trabalho e a velha rotina de sempre, agora na expectativa para o retorno das aulas.
Porto Alegre continua quente e insuportável como sempre é no verão, o horário de verão esta com os dias contados, e eu gostaria de dormir muito, mas não consigo.
Não gosto de assistir os desfiles de escolas de samba e é só o que esta passando na televisão. Não agüento mais ouvir Festa no Apê e múscas made in Bahia, bah, é cada música pior que a outra!
Por hoje era só! Aguardem novidades...

Antes do fim:
Que comece logo o ano para o Brasil, chega de vagabundagem.