Li o tão comentado livro do comunicador Marcos Piangers, O
papai é pop. É tanta mídia, tanta gente falando, tanta repercussão que fiquei
curioso. É uma leitura muito acessível. Um livro rápido. Pequenos relatos de
situações cotidianas da experiência de paternidade vividas pelo autor. Tem
algumas ilustrações que achei desnecessárias.
A visão de paternidade mostrada no livro é que me pareceu
muito cheia de “flores”. Piangers não relata nada de ruim na paternidade. Tudo
é ótimo. Parece um comercial de margarina ou de creme dental aprovado por 9
entre 10 dentistas. Mesmo naqueles momentos que qualquer pessoa teria motivos
para ver problemas ele encontra a felicidade.
Poderia ter uma versão do livro ao estilo “lado B”. Os bastidores
do Papai é pop. Talvez um dia exista um “Filhinhas hardcore”.
Por outro lado, como Piangers relata logo de início que seu
pai não o assumiu como filho e foi criado somente pela mãe, em alguns momentos
me pareceu uma grande carta que quer mostrar como é bom ser pai. Parece que
Piangers quer provar que foi errado “seu pai” abandonar sua mãe gestante a
própria sorte. Parece que ele quer mostrar tudo que o pai dele perdeu. Fiquei
com essa impressão.
No geral é uma divertida leitura. Vale a pena.
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