quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

A Invenção de Hugo Cabret

Faz tempo que não escrevo sobre filmes aqui. Deve ser porque faz tempo que não assistia um filme tão interessante. Estréia nesta sexta-feira, 17 de fevereiro o filme “A Invenção de Hugo Cabret”. Fui na pré-estréia promovida pela Band e Espaço Z realizada nesta quarta-feira.

 

O filme é uma homenagem ao cinema como uma grande fábrica de sonhos. Martin Scorsese (Os infiltrados, Taxi Driver, O Aviador, Touro Indomável) mostra para que serve a tecnologia 3D. Diferente de grande parte dos filmes feitos com essa tecnologia que só jogam coisas na plateia, Hugo traz o expectador para dentro do filme. Existem momentos em que uma névoa encobre as poltronas do cinema e outras em que o protagonista parece se levantar do meio do público e entrar no filme. Não se pode deixar de mencionar as imagens feitas do alto do relógio da cidade luz fazendo parecer que estamos dentro de um cartão postal. Fica a dica para os próximos a utilizarem a tecnologia, 3D tem que ser assim.

 

No filme somos apresentados a Hugo, um menino órfão que vive dentro do relógio da estação férrea de Paris. O pai desse garoto (Jude Law)  era relojoeiro e morreu em um incêndio. Antes de sua morte encontrou um autômato estragado. Hugo vive tentando consertar o autômato para além de ter um amigo, descobrir que mensagem a máquina esta prestes a escrever. Hugo mantém os relógios da estação em funcionamento, trabalho que deveria ser realizado pelo seu tio bêbado desaparecido. Hugo sabe que se os relógios continuarem funcionando ninguém dará falta de seu tio ou notar a presença de um órfão na estação.

 

Um fato curioso mostrado no filme é a recriação do acidente de trem ocorrido na França, no ano de 1895, quando uma locomotiva ficou descontrolada e, em alta velocidade, acabou atravessando a estação de trem. Este acidente deu origem à fachada do parque temático “Mundo a Vapor” em Canela e é pesadelo de Hugo.

 

Mas o filme não conta a história de Hugo, somos levados para a história de George Melies (Viagem a Lua), o precursor dos efeitos especiais no cinema. O gênio foi esquecido e vive como um triste proprietário de uma loja de brinquedos da estação de trem. O cinema, os trens, o autômato e os sonhos começam a ter uma profunda ligação que vai mostrar como truques de mágica viraram efeitos especiais.

 

O elenco é conta também com Sacha Baron Cohen (Borat, Bruno) irreconhecível como o inspetor da estação e Christopher Lee (Star Wars, Senhor dos Anéis) como o dono de uma livraria (os livros, antes dos filmes eram as fábricas de sonhos).

Um comentário:

Anônimo disse...

Eu gostei muito desse filme. E, como eu já tinha ido ao Mundo a vapor, reconheci na hora aquela cena do acidente com o trem.