segunda-feira, 13 de abril de 2009

|A vida até parece uma festa|

Já que ganhei ingresso da rádio PopRock fui assitir ao salgado show dos Titãs no Bourbon Country. A Aline teve que pagar os R$60,00 do ingresso para me acompanhar. O sacrifício não foi tão grande.

Os Titãs mostraram em Porto Alegre parte dos maiores sucessos dos seus quase 30 anos de carreira. O show reuniu fãs das mais variadas idades, mesclando novos e antigos admiradores. Os cinco remanescentes da banda (Branco Mello, Charles Gavin, Paulo Miklos, Sérgio Britto e Tony Bellotto) mais dois músicos de suporte, mostraram uma forma rockeira do seu show sem instrumentos desnecessários. Foi a já consagrada união de guitarras, baixo, bateria e som alto que garantiu o sucesso da apresentação.

O show mostrou um pouco de cada fase da banda. O início foi morno com a platéia fria. Diversão e Flores abriram o show. Em seguida, o cover de Roberto Carlos, O Portão, esfriou mais ainda o público, levando uma série de músicas mais suaves em sequência, terminando com a já clássica Epitáfio – cantada em coro pela mulherada. Dava vontade de sentar no chão.

Miklos começou a salvar o show brincando com o bairrismo dizendo que os Titãs gostariam de ser uma banda de rock gaúcho. Se o público estivesse em sintonia com o palco seria inevitável o famoso "Ah eu sou gaúcho!" Depois disso os Titãs começaram a encontrar o tom e iniciou a melhor parte do show, com as músicas mais pesadas, interpretadas pelo sempre irreverente Miklos. Entre elas Vossa Excelência e Bichos Escrotos.

O microfone passou para Britto e vieram AA UU e Polícia. A primeira parte do set list terminou com o primeiro sucesso da banda: Sonífera Ilha. No primeiro bis, o dispensável cover de Paralamas, Lourinha Bombril e É preciso Saber Viver, para delírio dos fãs do Roberto Carlos de plantão.

Para encerrar uma apresentação não muito mais do que legal, a banda surpreendeu tocando o pulso e encerrou com Comida.

O show do Nando Reis é melhor que o show dos Titãs.

Antes do fim:
Para quem não foi no show, ou pra quem foi e quer mais Titãs, vale a pena assistir no cinema o documentário "A vida até parece uma festa", com gravações de bastidores de todas as fases da banda, organizados pelo Branco Melo.

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segunda-feira, 6 de abril de 2009

|Mobilização|

Tenho dificuldade para entender a forma como as pessoas arrumam tempo para certas coisas. No último sábado, dia 4 de abril foi comemorado o centenário da fundação do time do Inter em Porto Alegre.

Para marcar a data foi marcado uma caminhada que ia do local da fundação até a atual sede do clube. Milhares de pessoas mobilizaram-se para a tal caminhada sem uma boa causa.

Porque não aproveitar tal mobilização de pobres fanáticos torcedores para sensibilizar a população por alguma boa causa? Porque não convidar as mais de 30 mil pessoas para plantar 30 mil mudas de árvores em algum bonito local?
Porque não convidar os 30 mil colorados á doarem alimentos para alguma campanha de arrecadação para alguém mais pobre que eles?
Porque não convidar os 30 mil tocedores para num grande mutirão fazer uma limpeza nas paradas de ônibus da capital?
Porque não fazer uma mega doação de sangue vermelho?

Porque não engajar a torcida emprol de alguma atividade educativa, civilizada, engrandecedora.

Porque só caminhar sem nenhum motivo a não ser comemorar os 100 de um clube que arrecada o dinheiro dos pobres para sustentar times milionários?

Que saudade das marchas na abertura do Fórum Social Mundial, pela paz, todos de branco por um novo mundo. Era bonito.

Dá uma pena desse povo brasileiro que acha que futebol é importante.
Não consigo compreender esse fanatismo.

Antes do fim:
Parabéns ao marketing do Inter que soube muito bem aproveitar esse aniversário e faturar ainda mais com o povo. Todos os lugares e mídias mostraram as camisetas vermelhas pelas ruas. Top de Marketing para o Inter!

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