quarta-feira, 6 de junho de 2007

|Baucis e Filémon|

Pra começo de conversa:
Como estou com postagens atrasadas, resolvi descarregar hoje. Seguem duas histórias bem bacanas que eu encontrei nas minhas navegadas pelo mundo virtual.

A primeira historinha serve para homenagear todas as pessoas que acreditam em Dia dos Namorados. Logo em seguida coloco uma homenagem a todas as pessoas que acreditam que podem resolver alguma coisa pelo tele-atendimento.

Querendo experimentar a bondade dos homens, conta a mitologia, Júpiter e seu filho Mercúrio tomaram um dia a forma humana e desceram a uma terra da Grécia chamada Frigia.

Bateram aí de porta em porta, pedindo agasalho; mas ninguém lhes prestou atenção, nem socorreu. Tendo procurado em vão despertar a piedade dos habitantes do lugar, chegaram enfim a uma pobre cabana de um casal de velhinhos, que os acolheu com doçura e caridade. Chamava-se a mulher - Baucis, e o marido – Filémon. Alimentando e confortando os forasteiros, nem o marido nem a mulher podiam de leve suspeitar estarem na presença de deuses.


Depois de ter repousado com o filho Mercúrio, Júpiter, ao sair, transformou a pobre cabana em um templo suntuoso e disse aos velhinhos maravilhados que poderiam pedir-lhe o que quisessem, pois tudo lhes concederia. Marido e mulher, dando-se as mãos amorosamente, pediram então que lhes concedesse a graça de não morrer um antes do outro...
E o pedido foi concedido.

Certo dia, quando já contavam idade bem avançada, estavam nos degraus do templo, narrando a história daquele lugar sagrado, quando Baucis viu brotarem folhas em Filemon e Filemon viu o mesmo fenômeno ocorrendo em Baucis. Ainda trocavam palavras de despedida quando uma coroa de folhagem brotou-lhes na cabeça.

- Adeus, amor da minha vida - diziam juntos e, no mesmo momento, o tronco se fechou em suas bocas. Os pastores da Tiania mostram ainda hoje as duas árvores - o carvalho e a tília - lado a lado como se estivessem namorando para sempre.

Antes do fim:
Achei este texto no site http://www.previdi.com.br/. Vale a pena ler!

O MITO DA CRIAÇÃO SOB A PERSPECTIVA DE UMA ATENDENTE DE TELEMARKETING

No princípio era o Gerúndio. E Deus pegou o telefone e disse:
- A gente vai estar fazendo a Luz!

Mas a luz não se fez, porque uma atendente O mandou esperar na linha, por favor.
E Deus teve que aguardar um bilhão de anos, ouvindo Für Elise. E quando foi atendido, Deus repetiu:
- A gente vai estar fazendo a Luz! E isso vai estar sendo uma ordem!

E a voz do outro lado disse:
- Desculpe, Senhor, mas Luz não vai estar sendo neste setor. Eu vou estar encaminhando o Senhor para o setor de Fotogênese e Ontogenia.

E Deus deu cascudos em cinco anjinhos, criou o Oriente Médio e inventou a injeção de Benzetacil para descontar a raiva.
Então, esperou mais três bilhões, setecentos e noventa e nove milhões, três mil, trezentos e quatorze anos. Ao final dos quais, escutou:


- O Senhor está no setor de Fotogênese e Ontogenia. Para criar a Luz, disque 1. Para criar o sistema solar, disque 2. Para criar o homem, disque 3. Para saber a idade da
Hebe Camargo, disque 4. Para reclamações quanto à Criação, disque 5 ou aguarde que um dos nossos filósofos metafísicos vai atendê-lo.

E Deus apertou o 1 e esperou mais dois bilhões de anos, tempo este que usou para, como revanche, inventar o doce de melancia, os livros escritos por ex-prostitutas e o
sistema partidário brasileiro. Ao final daquele tempo, o Criador foi atendido:
- Pois não, Senhor, com quem eu estou falando?
- Com Deus, minha filha, o Onisciente, o Onipresente, o Onipotente. Mas pode me chamar de Magnânimo.
- E em que eu vou poder estar lhe ajudando, Senhor?
- A Luz, minha querida. Eu estou esperando na linha há não sei quantos bilhões de anos.
Quero estar criando a luz. Pode ser ou tá difícil?
- Só um milhão de anos, por favor, Senhor.
- Um milh...? Eu...

E Deus ouviu Für Elise por mais seis bilhões de anos, o que definitivamente contribuiu para, no futuro, Beethoven ter sofrido bastante e morrido surdo. E ao final deste período e de dialogar com mais de cem atendentes, finalmente teve seu pedido atendido.
E descontaram o valor da obra dobrado na fatura do Seu cartão de crédito e não deram os brindes promocionais, como as duas luas de Vênus e um anel a mais em
Saturno.

E Deus se vingou, criando a mensagem de celular fora da área de cobertura e a taxa por deslocamento.

Um comentário:

Fernanda de Oliveira Carpes disse...

é... e não vai achando que é funcionário público que depois de três anos tem estabilidade... tem que se puxar!!! Beijos!!!