segunda-feira, 26 de setembro de 2005

|Não sei o que eu quero dizer com o que escrevi!!!|

Tempos difíceis. Dúvidas cruéis. Nada mais é como antes e nem poderia ser.
O que era certo e limpo, hoje é errado e sujo.
O que era firme e forte, hoje é bamba e fraco.

Eu sei que pode ser que cair não caia,
Doer não doa,
Sofrer não sofra!
Mas mesmo que seja assim,
Eu quero igual,
Mas muito mais!
Vou me perder no labirinto da ilusão!
De lá não vou sair com as mãos abanando.
Sem encontrar aquilo que eu não conheci:
A verdadeira maionese!
Alguém pode dizer que não tem porque,
Mas também não,
Nem porque não.
Então, pois que seja assim!
Que seja aqui!
Que seja já!
Haverá sempre uma pergunta a responder...
Um tanto de invenção na realidade.
Enquanto isso eu continuo a procurar:
A verdadeira maionese!

Tangos e Tragédias

A peça principal para o sucesso de um cachorro-quente é a maionese. Se a maionese é ruim, não adianta ter a salsicha sadia que nada vai resolver.
Viva a maionese!

Antes do fim:
Me deu uma vontade de escrever uma besteira...
Escrevi!

quarta-feira, 14 de setembro de 2005

|Pergunta cretina|

Todos sabem que foi organizado um referendo para 23 de outubro próximo, quando todos os eleitores serão chamados às urnas.
O referendo tem cartas marcadas, uma massiva propaganda institucional partida de Brasília engabelou a opinião pública, com a ajuda da imprensa.
Não foi muito difícil botar nas cabeças das pessoas que as armas de fogo matam.
Intentou-se então a pergunta cretina que será respondida por todos os eleitores: se eles são a favor da proibição do comércio de armas de fogo e munição no Brasil?
Isto é tão cretino quanto perguntar-se se as pessoas são a favor da comercialização do arsênico e da estricnina.

É claro que todos são contra o arsênico e a estricnina. Porque o raciocínio reflexo é de que são venenos. Ninguém vai se lembrar que o arsênico e a estricnina têm também outras mil utilidades que não nada têm a ver com a eliminação de seres vivos, inclusive humanos.
Se se faz um plebiscito calhorda indagando dos brasileiros sobre o arsênico e a estricnina, todos votam contra esses dois letais venenos.
O Brasil então vai cair nesta armadilha e vai votar de goleada a favor do desarmamento.

Aqui no Rio Grande do Sul, apesar do apoio dissimulado e inconvicto da imprensa ao desarmamento, tem chance de ganhar o voto contrário ao desarmamento.
É que proibir o revólver ao gaúcho é como proibir-lhe o chimarrão. Está entranhada na alma do gaúcho a posse de uma arma, o revólver e a faca podem nunca ser usados pelo gaúcho, mas estarão sempre presentes em sua cintura na campanha.
De nada adiantará que os gaúchos votem contra o desarmamento, o resto do Brasil vai votar a favor.

Teremos a seguinte situação a partir de outubro: quando uma pessoa estiver para ser assaltada ou já estiver sendo assaltada, não terá mais como pedir socorro a seus vizinhos.

Todos os vizinhos estarão desarmados. Não é o mais importante, até mesmo porque a grande maioria do povo brasileiro é desarmada.

O mais importante, o fundamental é que a bandidagem, que daqui a cinco anos estará empatada em número, na marcha que vai, com as pessoas de bem, terá então a certeza de que todos estão desarmados.

Quando os ladrões, depois do referendo de cartas marcadas, tiverem a certeza de que todos num edifício, numa rua, num bairro, num rincão, onde é impossível às pessoas que vivem no meio agreste não ter uma arma para defender-se dos animais ou de prováveis assaltantes - quando os ladrões tiverem a certeza de que toda uma cidade e todo um Estado estão desarmados, vai ser uma festa para eles. Nunca vai ser tão fácil roubar, estuprar e assassinar, sem o mínimo risco de que alguém na volta do local do delito tenha uma arma para defender as vítimas.
É fácil adivinhar o que vai acontecer depois do referendo. Os ladrões continuarão armados, até mesmo porque muitos cidadãos de bem se tornarão criminosos, obrigados a aderir ao contrabando de armas e munições. Não é uma tragédia?

Vão proibir as armas, mas assim como a maconha e a cocaína, proibidas, as armas e as munições, contrabandeadas, existirão.

Se a pergunta do referendo fosse honesta ("Você é a favor de que os brasileiros tenham uma arma de fogo em casa para se defender?"), o resultado seria exatamente o contrário do que vai ser.

Mas com pergunta cretina só pode haver resposta incauta.

Texto do jornalista Paulo Sant'ana publicado no jornal Zero Hora de hoje. Concordo e assino embaixo.


Antes do fim:
E eu vou trabalhar de mesário...

segunda-feira, 12 de setembro de 2005

|Vossa Excelência|

Música nova dos Titãs, voltando aos velhos e bons tempos quando o grupo ainda era uma banda de Rock!

VOSSA EXCELÊNCIA
(P. Miklos, T. Bellotto, C.Gavin)

Estão nas mangas dos Senhores Ministros
Nas capas dos Senhores Magistrados
Nas golas dos Senhores Deputados
Nos fundilhos dos Senhores Vereadores
Nas perucas dos Senhores Senadores
Senhores!
Senhores!
Senhores!
Minha Senhora!
Senhores!
Senhores!
Filha da Puta!
Bandido!
Corrupto!
Ladrão!
Sorrindo para a câmera
Sem saber que estamos vendo
Chorando que dá pena
Quando sabem que estão em cena
Sorrindo para as câmeras
Sem saber que são filmados
O sol um dia ainda vai nascer
Quadrado
Isso não prova nada!
Sob pressão da opinião pública
É que não haveremos de tomar nenhuma decisão!
Vamos esperar que tudo caia no esquecimento
Aí então...
Faça-se a justiça!
Vamos arrumar vossas acomodações, Excelência.
Filha da Puta! Senhores! Corrupto!
Senhores! Bandido! Senhores! Ladrão!


Antes do fim:
Existe festa em outro Estado que enalteça tanto a cultura de um povo? Estamos celebrando a Semana Farroupilha!