Inventei uma entrevista com o próprio Chico para saber o que ele pensa do assunto. Primeiro perguntei-lhe como ele, malandro velho, deu uma bandeira dessas. Ele respondeu cantando:
- Estava à-toa na vida, o meu amor me chamou...
Argumentei que ele deveria saber que viraria notícia. Sua resposta foi de desdém:
- Deus me deu mão de veludo pra fazer carícia. Deus me deu muita saudade e muita preguiça. Deus me deu perna comprida e muita malícia. Pra correr atrás da bola e fugir da polícia. Um dia ainda sou notícia...
Foi. E parece que vai precisar mesmo correr, pois o marido da moça é furioso. Indaguei-lhe se ele imagina o que os jornais vão noticiar se o sujeito o encontrar. Mais deboche:
- Amou daquela vez como se fosse a última...
Como sou conciliador, sugeri que ele encare o maridão e dê uma desculpa qualquer. Ele assentiu, mas cantarolou um verso que talvez tenha efeito contrário:
- Olhos nos olhos. Quero ver o que você diz. Quero ver como suporta me ver tão feliz...
Avisei que vai parecer provocação. E quis saber se ele não estava preocupado com as repercussões do episódio no seu enorme fã-clube, constituído principalmente por mulheres. Ele brincou:
- Elas não tem gosto ou vontade. Nem defeito, nem qualidade. Têm medo apenas. Não tem sonhos, só tem presságios. O seu homem, mares, naufrágios. Lindas sirenas, morenas.
Entendi. Aquela sereia morena vale qualquer risco. Mas será que não dava para se controlar? Foi então que ouvi o seu desabafo:
- O que será, que será, que dá dentro da gente e que não devia, que desacata a gente, que é revelia, que é feito uma aguardente que não sacia...
Para encerrar, quis saber como ele acha que o episódio vai terminar. Chico nem se abalou:
- Vai passar...
Antes do fim:
Começou de verdade agora! Todo o ritmo louco de volta! Aulas, trabalho e tudo o mais...
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