quinta-feira, 10 de março de 2005

|A morena do Chico|

Chico Buarque cidadão pacato e discreto, nunca faz muita coisa para aparecer em revistas de fofocas, foi surpreendido na semana passada ao ver uma foto sua com uma “apetitosa” morena na praia. A moça de uns trinta anos (quase metade da idade do Chico) é casada e tem dois filhos. Já não é caso novo, os dois já estiveram envolvidos em outros tempos. Pois escrevo tudo isso para publicar aqui uma entrevista que Chico teria dado para Nilson Souza, colunista do jornal Zero Hora. Segue o texto do colunista:

Inventei uma entrevista com o próprio Chico para saber o que ele pensa do assunto. Primeiro perguntei-lhe como ele, malandro velho, deu uma bandeira dessas. Ele respondeu cantando:

- Estava à-toa na vida, o meu amor me chamou...

Argumentei que ele deveria saber que viraria notícia. Sua resposta foi de desdém:

- Deus me deu mão de veludo pra fazer carícia. Deus me deu muita saudade e muita preguiça. Deus me deu perna comprida e muita malícia. Pra correr atrás da bola e fugir da polícia. Um dia ainda sou notícia...

Foi. E parece que vai precisar mesmo correr, pois o marido da moça é furioso. Indaguei-lhe se ele imagina o que os jornais vão noticiar se o sujeito o encontrar. Mais deboche:

- Amou daquela vez como se fosse a última...

Como sou conciliador, sugeri que ele encare o maridão e dê uma desculpa qualquer. Ele assentiu, mas cantarolou um verso que talvez tenha efeito contrário:

- Olhos nos olhos. Quero ver o que você diz. Quero ver como suporta me ver tão feliz...

Avisei que vai parecer provocação. E quis saber se ele não estava preocupado com as repercussões do episódio no seu enorme fã-clube, constituído principalmente por mulheres. Ele brincou:

- Elas não tem gosto ou vontade. Nem defeito, nem qualidade. Têm medo apenas. Não tem sonhos, só tem presságios. O seu homem, mares, naufrágios. Lindas sirenas, morenas.


Entendi. Aquela sereia morena vale qualquer risco. Mas será que não dava para se controlar? Foi então que ouvi o seu desabafo:

- O que será, que será, que dá dentro da gente e que não devia, que desacata a gente, que é revelia, que é feito uma aguardente que não sacia...

Para encerrar, quis saber como ele acha que o episódio vai terminar. Chico nem se abalou:

- Vai passar...


Antes do fim:
Começou de verdade agora! Todo o ritmo louco de volta! Aulas, trabalho e tudo o mais...

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