Um mocinho que de tão ganancioso
e aproveitador, torcemos para que ele em algum momento se dê mal. Esse é o
papel de Bradley Cooper (Nasce uma estrela) no filme Beco dos Pesadelos. Cooper
vive o personagem Stanton, um homem perdido e sem perspectivas até encontrar um
circo. O filme se passa entre os anos 30 e 40, uma época de pessoas com menos
informações, onde era possível apresentar num circo além de animais, criaturas e
mentalistas. E é com um mentalista que Stanton busca inspiração e se torna um
charlatão inescrupuloso que cobiça ganhar dinheiro através da fé e da dor das
pessoas. Ele aprende, se aprimora, sai do circo com a moça mais bonita,
conquista a cidade grande, faz aliança com uma “femme fatale”, se aproveita da
dor alheia, engana e exagera na dose.
Guillermo del Toro é o diretor de
mais essa fábula, algo corriqueiro no currículo dele. Em sua trajetória
cinematográfica sempre temos que lidar com alguma “criatura”, isso aparece em
filmes como Labirinto do Fauno e A Forma da água. Em Beco dos Pesadelos a criatura
pode ser o próprio ser humano.
O filme me lembrou vagamente a ideia
do filme rodado em Porto Alegre “Ainda Orangotangos” (dirigido por Gustavo
Spolidoro) que também mostra pessoas “normais” que se tornam primitivas devido
a situações e circunstancias. Vale a pensa tentar pensar em um paralelo entre a
ideia desses dois filmes.
O elenco de estrelas conta com Cate Blanchett, Rooney Mara, Toni Collette e Willen Dafoe. Um bom filme.
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