quinta-feira, 10 de março de 2022

Ainda Orangotangos e o Beco dos Pesadelos

Um mocinho que de tão ganancioso e aproveitador, torcemos para que ele em algum momento se dê mal. Esse é o papel de Bradley Cooper (Nasce uma estrela) no filme Beco dos Pesadelos. Cooper vive o personagem Stanton, um homem perdido e sem perspectivas até encontrar um circo. O filme se passa entre os anos 30 e 40, uma época de pessoas com menos informações, onde era possível apresentar num circo além de animais, criaturas e mentalistas. E é com um mentalista que Stanton busca inspiração e se torna um charlatão inescrupuloso que cobiça ganhar dinheiro através da fé e da dor das pessoas. Ele aprende, se aprimora, sai do circo com a moça mais bonita, conquista a cidade grande, faz aliança com uma “femme fatale”, se aproveita da dor alheia, engana e exagera na dose.

Guillermo del Toro é o diretor de mais essa fábula, algo corriqueiro no currículo dele. Em sua trajetória cinematográfica sempre temos que lidar com alguma “criatura”, isso aparece em filmes como Labirinto do Fauno e A Forma da água. Em Beco dos Pesadelos a criatura pode ser o próprio ser humano.

O filme me lembrou vagamente a ideia do filme rodado em Porto Alegre “Ainda Orangotangos” (dirigido por Gustavo Spolidoro) que também mostra pessoas “normais” que se tornam primitivas devido a situações e circunstancias. Vale a pensa tentar pensar em um paralelo entre a ideia desses dois filmes.

O elenco de estrelas conta com Cate Blanchett, Rooney Mara, Toni Collette e Willen Dafoe. Um bom filme.

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