segunda-feira, 27 de dezembro de 2021

Farmácias

Fico surpreso com a quantidade de farmácias que abrem pela cidade. Fico triste com a quantidade de cinemas que fecham.

Aliás, não fico tão surpreso assim com a quantidade de farmácias que abrem. Isso é puro reflexo do atual modelo de sociedade que estamos produzindo. Uma sociedade intolerante a tantas coisas. Uma sociedade que não consegue dialogar e que não quer se entender.

Essa nossa sociedade que ao invés de conversar prefere escrever textos sem destino certo nas redes sociais. Uma sociedade de pessoas que ao invés de procurar soluções vai se distrair no TikTok. Uma população que quando recebe uma obra do poder público prefere criticar o projeto ao invés de apoiar a intenção.

Uma população que lota bares com músicas de estilos discutíveis. Que se reúne em volta de carros nas esquinas para beber os "kits". Pessoas que em plena pandemia escolhem priorizar seus interesses particulares em festas "clandestinas".

Uma sociedade como a nossa só pode ser obcecada por remédios. Uma população que deixa teatros e cinemas fecharem e usufrui de uma farmácia em cada esquina. Uma população que busca remédios e não quer curas. Uma sociedade doente.

terça-feira, 7 de dezembro de 2021

Rio do Boi: o retorno

 Após 5 anos e alguns meses eu voltei. Na verdade quem voltou foi o CPF do Mauro. Com certeza eu não sou a mesma pessoas que visitou o Rio do Boi em fevereiro de 2016. Várias coisas mudaram na minha pessoa. Assim como a água do Rio do Boi não para de correr entre as pedras, a vida não para de correr em mim.



O Mauro de 2021 é diferente do Mauro de 2016. Tenho certeza que não pisei nas mesmas pedras, tenho convicção de que a água que me molhou era outra.

Em 2016 eu cheguei curioso na trilha. Durante ela me senti desafiado. No final, saí como um ganhador de maratona que cruza a linha de chegada.

Em 2021 eu cheguei com a lembrança de que já tinha enfrentado o desafio e já o tinha vencido no passado. Fisicamente eu sabia que estava muito bem preparado. Dessa vez não foi pelo desafio. Dessa vez a trilha foi muito mais contemplativa. Dessa vez não precisei ficar prestando atenção na dor do corpo, pude olhar para a natureza e admirar. Pude curtir toda aquela magnitude da natureza.


Mais de seis horas de caminhada. Uma metade da trilha pela mata e outra metade pela água e pedras. Corpo são. Mente sã. Saí pronto para a próxima. Eu posso o que eu quiser.



Para quem quiser saber como foi em 2016, segue o link do texto: Rio do Boi 2016

Agência WalkTur.