Não existe mais ninguém que
lembre do aniversário de alguém sem as redes sociais.
Assim como já ocorre a 37 anos,
no dia 5 de novembro, sábado, foi meu aniversário. Antecipadamente eu havia retirado
a visualização e o aviso da data na minha página no Facebook. Resultado: recebi
raríssimas felicitações. Por telefone foram somente meus pais. Por WhatsApp
recebi de algumas pessoas que viram no Skype ou no LinkedIn. Não dá
para encher uma mão as felicitações espontâneas que recebi.
Não fiz nenhum tipo de festinha.
Seja churrasco, janta, almoço ou qualquer tipo de celebração com convidados.
Resultado: sem presentes. Somente da esposa. Algo útil e que eu estava
precisando.
Minha conclusão: vivemos uma
falsa ilusão de que redes sociais podem aproximar pessoas. Somos incentivados
pela própria rede a uma aproximação. Sem esse empurrãozinho quem lembra de
alguém? Quantas felicitações sinceras recebemos sem a rede social? No meu caso,
menos de cinco.
Realmente não sou muito adepto de
grandes comemorações de aniversário. Nesta data, já que não fui muito
requisitado, aproveitei para tirar um dia sabático. Sem ligar computador, da
cama para o sofá e de volta para a cama. Comprei um jornal de papel (fazia
tempo que não comprava um jornal), assisti a coisas legais na TV, procurei não
atrair problemas, procurei evitar a fadiga. De repente, o dia do meu
aniversário acabou. Assim, sem grande aviso, sem evento no Facebook. Sem ser
trend topic.
Necessário, somente o necessário.
O extraordinário é demais.