Uma eleição sem calor. Sem grandes e aprofundadas discussões.
Uma eleição que pareceu ser apenas protocolar. Com a drástica redução do tempo
de exposição dos candidatos na televisão e rádio, a proibição de doações de
pessoa jurídica e a restrição de propaganda na rua, com menos banners e
ausência de cavaletes, a campanha pouco lembrava a de outros tempos.
Se por um lado considero que os eleitores foram os grandes
beneficiados, o candidato precisava partir para o corpo a corpo para se tornar
conhecido, por outro também vejo essa falta de exposição pode ter prejudicado
boas propostas sem condições financeiras de maior exposição. Aqueles que tinham
a maior coligação conseguiu maior arrecadação e maior tempo de mídia. Os com
menos tempo de TV não tiveram tempo para mostrar o que queriam fazer. Dessa
forma, as velhas propostas, de rostos já conhecidos e familiares ganharam
destaque. Difícil emplacar um nome novo.
Da mesma forma, o resultado das operações policiais fez com
que os partidos de esquerda que sempre pregaram ser os mais honestos do
universo e que acabariam com práticas da velha política, fossem retirados do
poder. A esquerda teve uma grande rejeição na eleição.
Surgiram novas lideranças, muitas oriundas do meio
empresarial. Pessoas de gestão sem ligação com a política. Partidos liberais
começaram a aparecer. Coisa impensada tempos atrás com o domínio de partidos
sociais democratas, socialista e comunistas.
No entanto essa eleição não foi fácil para os políticos.
Redução da exposição e de verbas não agradaram a velha política. Fica o receio
de que algo deve ser feito para o retorno das antigas regras.
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