sábado, 15 de outubro de 2016

Atendimento Master?

Este é mais um relato de serviço mal realizado de uma central de atendimento telefonico.

Estava em casa no sábado, final de tarde, sem ter nada de legal para fazer. Fui buscar as correspondências. Dentre os inúmeros panfletos de propaganda uma carta de cobrança do banco Santander. Já é o segundo mês que recebo tal correspondência. Não tenho cartão de crédito Santander. Já tive, venceu a validade, não tive interesse em renovar. Quando venceu o antigo, entrei em contato, comuniquei que não tinha interesse em ter um novo e o atendente me disse que "tudo bem". Nunca recebi um cartão novo. Nunca me preocupei com isso. Não sei de dívidas do antigo cartão.

Então recebo pelo segundo mês uma carta de cobrança com informações para que eu entrasse em contato com a central.
Entrei em contato. Opção 3, informa CPF, opção 3 novamente, aguarda. Alguém atende. Pede nome e data de nascimento. Informo. Pede o número do cartão. Informo que não tenho cartão e conto pela 1° vez a história que originou a ligação, falo que estão cobrando uma dívida que não fiz de um cartão que não tenho. O atendente 1 diz que nesse caso ele não pode me ajudar. Que só pode negociar o pagamento comigo e que não tem informações sobre a dívida ou sobre o cartão. Só tem o valor para ser cobrado. Me fornece um número para que eu entre em contato com outra central.

Entro em contato com a outra central através do número que o atendente me deu. Uma gravação informa que aquele não é um número correto e que devo ligar para outro.

Ligo para o terceiro número. Informo CPF, opção sei lá e outra opção não sei qual. Sou atendido pelo atendente 2. Pede nome e data de nascimento. Explico pela 2° vez tudo que já havia explicado para o atendente 1. Ele escuta atentamente e diz que preciso falar com outra central. Diz que vai passar a ligação e antes que eu possa argumentar alguma coisa já estou escutando uma musiquinha chata. Sou atendido pela atendente 3. Novamente preciso informar nome e data de nascimento. Esta pede também o CPF. Explico tudo pela 3° vez. Ela pede para aguardar e antes que eu possa dizer alguma coisa já estou sozinho na ligação. Após alguns minutos a ligação cai.

Ligo novamente para aquele terceiro número. Informo CPF, opção não sei qual e outra opção sei lá. Sou atendido pelo atendente 4. Pede nome e data de nascimento. Explico pela 4° vez tudo que já havia explicado para o atendente 1, 2 e 3. Ele também escuta atentamente e também diz que preciso falar com outra central. Passa a ligação e sem que eu possa argumentar alguma coisa estou num silêncio de passagem de ligação. Já estou irritado.

Sou atendido pela atendente 5. Novamente me é solicitado nome, data de nascimento e CPF. Resisto em fornecer novamente as informações. Estou sem paciência. Não adianta, sou obrigado a fornecer os dados. Sem eles não é possível visualizar meu cadastro. Contrariado forneço. Explico tudo pela 4° vez. A explicação é cada vez mais aflita e nervosa. Ele pede para aguardar. Retorna e me diz que no caso em questão devo me dirigir a alguma agencia e falar com o gerente

Update
Fui na agência. Falei com uma gerente. Expliquei tudo mais uma vez. A gerente verificou a situação no computador. Concluiu que era uma anuidade de uma cartão que eu não desbloqueei e não usei.  Disse que não poderia fazer mais nada. Me indicou um numero para ligar.

Liguei da agência mesmo. Fui atendido pela atendente 6 (sem contar a gerente). Novamente me é solicitado nome, data de nascimento e CPF. Informo tudo direitinho. Explico tudo pela 6° vez (contei a vez que expliquei para a gerente como a 5º). Ele pede para aguardar. Aguardo. Sou passado para outra área de atendimento. Outro atendente (o numero 7) escuta tudo o que eu tenho para falar. Após minha explicação diz que no caso em questão devo me dirigir a alguma agencia e falar com o gerente.

Fui embora.

segunda-feira, 3 de outubro de 2016

Eleições 2016



Uma eleição sem calor. Sem grandes e aprofundadas discussões. Uma eleição que pareceu ser apenas protocolar. Com a drástica redução do tempo de exposição dos candidatos na televisão e rádio, a proibição de doações de pessoa jurídica e a restrição de propaganda na rua, com menos banners e ausência de cavaletes, a campanha pouco lembrava a de outros tempos.

Se por um lado considero que os eleitores foram os grandes beneficiados, o candidato precisava partir para o corpo a corpo para se tornar conhecido, por outro também vejo essa falta de exposição pode ter prejudicado boas propostas sem condições financeiras de maior exposição. Aqueles que tinham a maior coligação conseguiu maior arrecadação e maior tempo de mídia. Os com menos tempo de TV não tiveram tempo para mostrar o que queriam fazer. Dessa forma, as velhas propostas, de rostos já conhecidos e familiares ganharam destaque. Difícil emplacar um nome novo.

Da mesma forma, o resultado das operações policiais fez com que os partidos de esquerda que sempre pregaram ser os mais honestos do universo e que acabariam com práticas da velha política, fossem retirados do poder. A esquerda teve uma grande rejeição na eleição.

Surgiram novas lideranças, muitas oriundas do meio empresarial. Pessoas de gestão sem ligação com a política. Partidos liberais começaram a aparecer. Coisa impensada tempos atrás com o domínio de partidos sociais democratas, socialista e comunistas.

No entanto essa eleição não foi fácil para os políticos. Redução da exposição e de verbas não agradaram a velha política. Fica o receio de que algo deve ser feito para o retorno das antigas regras.