quinta-feira, 15 de outubro de 2015

Confiança

Nem tudo aqui precisa sair da minha cabeça maluca. Também posso gostar de algum texto e compartilha aqui.

Acredito que muito dos problemas que ocorrem no relacionamento de equipes no trabalho é problema da falta de confiança da equipe. Seja essa falta de confiança entre o líder e liderados ou vice-versa. É um jogo. 
E como é fácil perder a confiança.
E como é difícil conquistar a confiança.
E as vezes, alguém tem que ceder para conquistar terreno.
E as vezes, alguém tem que que forçar a barra para conquistar espaço.

Encontrei um bom artigo sobre isso no site Setor Saúde. Segue abaixo o texto. É meio compridinho mas vale a pena. É ambientado no hospital, mas vale para a logística, para a indústria, para o escritório e para o que achar que encaixa.

10 dicas para gerar confiança dentro da equipe de trabalho

A construção da confiança entre um líder de instituições como hospitais, e seus funcionários, começa com a criação individual de confiança. Uma via de dois sentidos, desde a gestão de pessoal, de confiança entre parceiros de negócios, entre os colegas, e do prestador de serviço com o paciente. O setor da saúde é o que trabalha com a mais vital das confianças, já que o “produto” a ser vendido é a vida e o bem-estar dos clientes/pacientes. Um recente estudo da Fast Company, chamado Building Trust in Business (Construindo Confiança nos Negócios) identifica três razões pelas quais se confia em colegas de trabalho:

O comportamento passado: Se você já se comportou como o esperado no passado, seus chefes e colegas acreditarão que você vai se comportar dessa forma no futuro. Neste caso, o desempenho passado pode muito bem prever retornos futuros.

Capacidade: Confiamos em pessoas com base em nossa percepção de sua capacidade, então é preciso confiar no médico para tratar uma doença.

Alinhamento: Se uma equipe está tentando alcançar um objetivo comum, cada um deve fazer sua parte. Soldados, por exemplo, confiam uns nos outros em relação à vida, porque todos estão buscando o mesmo objetivo comum.
A partir destes três princípios básicos, o site norte-americano Beckers Hospital Review, publicou artigo – assinado por Tom Peterson, presidente e CEO da empresa Clear Vision Information Systems – com 10 outras dicas para os líderes em saúde considerarem na construção de uma organização com base na confiança:

1. Faça o que você diz que vai fazer. É o mais simples de todos os elementos de confiança, mas é a base sobre a qual todo o resto é construído. Se você considerar os quatro elementos essenciais da confiança (integridade, honestidade, promessa de manutenção e fidelidade) todos eles voltam à esta noção básica.

2. Modele o comportamento da empresa pensando nas pessoas que você admira. Pense nas pessoas que você considera mais confiáveis. Provavelmente você pode contar nelas para fazer a coisa certa, mesmo quando é desagradável ou onerosa. A construção da confiança começa com uma cultura e uma compreensão de que todos, em todos os níveis e em cada interação, devem praticar essas qualidades.

3. Seja transparente em suas ações e comunique-se abertamente. Muitas vezes, o líder tende a se concentrar nos resultados e ignorar o processo; mas a compreensão de como a decisão foi tomada e o processo de pensamento por trás dele pode ter um enorme impacto sobre a forma como as pessoas trabalham. Isso significa envolver as pessoas nas decisões que os afetam diretamente. Quando as pessoas estão envolvidas são mais propensas a apoiar a decisão. Tratar as pessoas como adultas capazes, demonstra confiança. Os funcionários, em troca, vão confiar mais nesse líder.

4. Procure por profissionais com bons valores e de bom coração. O sucesso e a sustentabilidade em longo prazo de qualquer negócio dependem da qualidade, competência e ética da equipe. No momento em que um potencial empregado vai ser contratado, ele não pode dizer “a partir de amanhã eu vou ser digno de confiança”. Ou a pessoa é, ou não é confiável. Se você contratar pessoas com bons valores e bons corações, os aspectos técnicos de qualquer tarefa podem ser aprendidos. O relacionamento do supervisor com o relato dos funcionários é um alicerce fundamental de confiança.

5. Demonstre sua confiabilidade por meio de um desempenho consistente ao longo do tempo. Seguindo a lógica de que a vida não é uma série de gloriosas experiências, mas sim uma cadeia de pequenos acontecimentos, cada elo nessa cadeia é uma oportunidade para construir a confiança. Seja sólido. Seja consistente, e dê o exemplo em termos de como você mostrar confiança nos outros. Nunca se esqueça que os membros da equipe estão sempre observando e adotando comportamentos de acordo com o que você faz.

6. Mantenha-se fiel aos seus valores, mesmo em tempos difíceis. As empresas que se preocupam profundamente com retenção de confiança não fogem de situações difíceis. A confiabilidade é muito mais do que dizer a verdade literal ou depender de questões legais para sobreviver. Esconder informações ou dizer meias-verdades é essencialmente desonesto. Não caia nessa armadilha. É fácil ser franco, sincero e verdadeiro em tempos bons, mas e quando ocorrem momentos complicados? É nesse momento que a confiança e liderança são realmente postos à prova.

7. Tire vantagem do “não sei”. As pessoas raramente confiam em alguém que pensa que sabe tudo. Bons líderes podem ajudar a construir a confiança organizacional, reconhecendo que não têm todas as respostas e por se cercar de pessoas inteligentes (muitas vezes mais inteligentes do que eles), que gostam de debater e discutir de forma honesta. Nada constrói a confiança de forma mais eficaz do que um gerente dizendo que não sabe algo, mas vai descobrir e todos serão informados. A pior reação ocorre quando um gerente finge saber e entender algo e oferece informação errada. Empregados perdoam a falta de conhecimento, mas não um mentiroso.

8. Seja um gestor de mudança efetiva. Reconhecer que, historicamente, as pessoas perdem a confiança com o passar do tempo, em instituições que passam por mudanças. Talvez nenhuma indústria esteja passando por uma mudança tão constante quanto a saúde. Novos regulamentos, fusões e aquisições de instituições, surgimento de nova concorrência, novas demandas clínicas, mais tecnologia, etc. Como líder de uma organização de saúde, é preciso ter tempo para ajudar os funcionários a navegar por essas mudanças, e reconhecer que todos aceitam a mudança em um ritmo diferente.

9. Desenvolva um “código de ética”. Isso inclui uma ênfase na confiabilidade. Também pode envolver o desenvolvimento de um comitê de supervisão e instituir auditorias. Gere confiança e ética, aborde assuntos de governança corporativa, e estabeleça um sistema formal de medição de confiança que atinja todos os setores da instituição. Crie um programa de reconhecimento e recompensas que reconhece tais ações.

10. Evite os cinco “comportamentos letais”. Cinco fatores prejudicam a confiança: excesso de promessas, distorção da verdade, má prestação de serviço, falta de confiança por parte dos líderes no trabalho dos funcionários, e pouco envolvimento pessoal.
Acima de tudo, lembre-se que a confiança é um bem precioso que precisa ser desenvolvida e nutrida em todo relacionamento. Não é algo que a equipe de marketing, nem uma equipe executiva pode realizar diretamente. A pessoa que diz “confie em mim” é geralmente a última pessoa a ser confiável, se o que se faz não é o que se diz. Pense na confiança como um processo; e lembre-se, que de todos os princípios éticos contidos na ideia de caráter, a confiança é o mais complexo e o mais frágil. É difícil de obtê-la e ainda mais difícil de recuperá-la.
 Antes do fim:
O primeiro passo para gerar confiança é não gerar desconfiança.

segunda-feira, 5 de outubro de 2015

Quanto tempo demora 1 mês?



Dia 5 de outubro de 2015. Falta um mês para o meu aniversário. Sei que várias pessoas adorariam me dar presentes mas não sabem como fazer. Não sou uma pessoal fácil. Tenho quase tudo o que gosto. Tenho gostos sofisticados e enjoados. Por isso, vou facilitar a vida do pessoal. Segue aí uma lista de coisas e tamanhos de coisas.
  • Se quiser me dar roupas, não me dá camisetas. Não uso quase camisetas. Se quiser muito dar, escolhe na loja Nerdstore ou alguma loja de geek (Livraria Cultura e Fnac tem seções bacanas). Tamanho tem que ser 4G. Não é G nem GG. Tem que ser 4G. Também não é cheia de milhares de cores. Não é slim ou coisas do tipo. É normal. Camiseta de pessoal normal;
  • Calça. Se quiser me dar calça não inventa de dar calça slim, skinny ou qualquer coisa diferente de calça reta. Tamanho tem que ser 52. Até já emagreci um pouquinho. Mas essa numeração é garantida. Deixa que eu mando fazer a bainha. Evita calça com botões ao invés de fecho e também evita calças com desbotados e rasgados. É calça jeans de uma cor só. Se não for jeans escolhe preta, marrom escuro ou caqui. Nada branco, creme ou de cores claras;
  • Na loja Imaginarium (tem em quase todos os Shoppings de Porto Alegre) tem vários presentes legais. Inclusive estão com uma temática de Star Wars;
  • Box com todos os filmes Star Wars;
  • Blazer escuro. Acho que tem que ser tamanho 54 ou coisa assim. Nada branco, creme, mostarda ou caqui.
  • Sapatos tamanho 42. Preto ou marrom;
  • Se tu tiver com grana eu vou ficar bom faceiro em ganhar um curso de violão na escola The Flash. Só o primeiro módulo tá legal.;
  • Cinto de couro preto ou marrom. Pode ser aqueles dupla face de tamanho único. Se for os de tamanho acho que é 120;
  • Camisas Tamanho 6. Não é camisa fit ou qualquer outra coisa diferente de tradicional. Nada com brilho. Camisa normal. Sem cores extravagantes. Nada de camisa branca. Prefiro manga longa (no verão eu dobro, não te preocupa);
  • Toalhas de banho ou de rosto. Tem umas legais na área geek da Livraria Cultura;
  • Ingresso para cinema ou teatro; 
  • Camisa Polo. Tem que ser 3G. Não é GG. De uma cor só, sem estampas, sem números, sem listras. Pode ter um bolso. Evite branca ou bege. Prefiro cores escuras;
  • Calhas para o vidro de Gol 2008 ou Uno 2012. Ambos 4 portas;
  • Relógio de pulso. Sem bichinhos e nada muito esportivo. Eu não pratico esportes. Não preciso de cronômetro. Não preciso saber a hora da China. Tenho despertador no celular. Será diferencial a iluminação noturna. Gosto de pulseira de metal;
  • Vale presente do Boticário, Fnac, Saraiva, Livraria Cultura;

Não preciso: óculos de sol, boné, meia, caneca.


Quanto tempo será que demora um mês pra passar?
A vida inteira de um inseto,
Um embrião pra virar feto,
A folha do calendário,
O trabalho pra ganhar o salário.
Mas daqui a um mês quando você voltar a lua vai tá cheia e no mesmo lugar.
Se eu pudesse escolher outra forma de ser eu seria você.
Biquíni Cavadão



quinta-feira, 1 de outubro de 2015

Houve uma vez um verão: as colônias de férias de Tramandaí

Em 2012 tinha (ainda tem) no site do Zero Hora o blog do leitor. Os leitores podiam manter textos para publicação no site e dependendo da relevância eram publicados no jornal impresso. Tive um texto publicado. Sei lá o motivo de nunca ter colocado esse texto aqui neste espaço. Não tinha contrato de exclusividade com a RBS ou coisa do tipo. Segue abaixo o texto:


Lendo a série “Houve uma vez um verão” me inspirei para lembrar os verões da minha infância. Minhas lembranças de litoral sempre me levam a Tramandaí, nas colônias de férias da UFRGS e do Geraldo Santana com meus avós.

A colônia da UFRGS ficava a cargo dos avós maternos e o Geraldo Santa dos paternos. As duas colônias ficam quase lado a lado na avenida da Igreja. E eu na minha cabeça sempre imaginava uma rivalidade entre as duas.

Lembro de uma ida para Tramandaí com destino à colônia da UFRGS a bordo de um ônibus daqueles de filmes americanos com as malas presas no teto. Na chegada à colônia aquela corrente de mãos para carregar as coisas para dentro. Não sei se foi exatamente assim que aconteceu, mas minha imaginação e minha lembrança marcaram essa imagem.

Dessa colônia lembro também da hora do almoço no restaurante. Tinha uma enorme fila para que alguém enchesse o bandejão. Depois do almoço era só dormir na sacada e esperar a hora de ir ao centro passear. Lembro de tardes no hall da colônia em intermináveis jogos de damas, lendo livros da série Vaga-lume, gibis do Tio Patinhas e fazendo caça-palavras.

Pelo lado da colônia do Geraldo Santana as lembranças são outras. Recordo de ter que acordar muito cedo para esperar meu avô passar em casa e rumarmos para Tramandaí a bordo de um Corcel ou de um Del Rey. Mal tinha espaço para mim no banco traseiro. E eu sempre tinha que ir segurando alguma coisa.

Íamos bem cedo por causa do sol na estrada e tomávamos o rumo pela estrada de Viamão para não pagar o pedágio. Acho que era por isso. Não me lembro se todos os dias ou em algum específico mas sempre tinha o compromisso de ir à missa na igreja que dava nome a avenida no final da tarde.

Também tinha os jogos no pátio da colônia e a atenção dada quando se escutava nos alto-falantes o aviso: ATENÇÃO COLÔNIA! ATENÇÃO COLÔNIA! Apartamento XYZ, telefone na portaria. Não eram tempos de celular.

Também trago na memória a pesca de sardinha na ponte do rio Tramandaí. Era só jogar a linha com cinco anzóis e puxar carregada com 10 sardinhas. Sem isca. Só com lantejoulas penduradas nos anzóis. Não sei se eram tantas sardinhas assim, mas é como lembro. Trago na memória os dias chuvosos que passávamos na sala de TV. Nem todo mundo tinha TV no apartamento. Havia sessões de filmes em VHS.

Do mar? Não lembro. Nunca fui muito chegado a banho de salmoura com mãe d’água. Sempre preferi o chuveirinho da volta.
Não acredita que foi publicado no site? Aqui esta o link: http://wp.clicrbs.com.br/doleitor/2012/01/18/houve-uma-vez-um-verao-as-colonias-de-ferias-de-tramandai/?topo=13,1,1,,,13