quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

|Fotografia|

Hoje estava descarregando algumas fotos da máquina digital e fiquei pensativo... que coisa mais sem graça é tirar fotos hoje em dia. Bom é receber fotos que nem sabíamos que haviam sido tiradas.

Como era interessante aquela época em que as pessoas posavam para a foto e só descobriam se a foto realmente ia sair depois de revelado o filme. Ficava aquela expectativa.

Uma vez, antes do tempo do Julinho, na época do Isabel, fomos visitar alguns pontos turísticos de Porto Alegre em uma excursão do colégio. Eu gastei um filme inteiro tirando fotos dos colegas e dos lugares que visitamos. Todas as fotos queimaram.

A algumas semanas atrás eu fui acampar com o Grupo Escoteiro e tiramos uma foto igual aquela que foi tirada no finalzinho do filme "A Praia" em que todo mundo pula na hora de bater a foto na beira da prais. Tiramos esta foto em uma máquina à moda antiga. O filme ainda não foi revelado. As pessoas ficam curiosas e perguntam se o foto já ficou pronta. Tem uma expectativa.

Hoje para se ver um album de fotografias é necessário um computador ou uma TV conectada a um DVD ou algum outro mecanismo parecida. Senta todo mundo na frente e olha todo mundo junto, não tem o album passando de mão em mão. Não sei o que é mais legal. Eu na verdade nunca gostei muito de olhar foto.

Talvez passar o album de mão em mão renda mais histórias. Sempre tem aquela foto que para na mão de alguém e este alguém conta uma história sobre o dia em que a fotografia foi batida ou lembra quem bateu a foto. E sempre são boas histórias. É dificil lembrarmos de coisas ruins olhando fotos.

Escrevi isso porque hoje escutei uma música que me fez pensar em fotos.

Antes do fim:

Fotografia

Composição: Leoni, Léo Jaime

Hoje o mar faz onda feito criança

No balanço calmo a gente descansa

Nessas horas dorme longe a lembrança

De ser feliz

Quando a tarde toma a gente nos braços

Sopra um vento que dissolve o cansaço

É o avesso do esforço que eu faço

Pra ser feliz

O que vai ficar na fotografia

São os laços invisíveis que havia

As cores, figuras, motivos

O sol passando sobre os amigos

Histórias, bebidas, sorrisos

E afeto em frente ao mar.

Quando as sombras vão ficando compridas

Enchendo a casa de silêncio e preguiça

Nessas horas é que Deus deixa pistas

Pra eu ser feliz

E quando o dia não passar de um retrato

Colorindo de saudade o meu quarto

Só aí vou ter certeza de fato

Que eu fui feliz

O que vai ficar na fotografia

São os laços invisíveis que havia

As cores, figuras, motivos

O sol passando sobre os amigos

Histórias, bebidas, sorrisos

E afeto em frente ao mar.

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2 comentários:

Anônimo disse...

Como tu ta saudosista com o Julinho e com fotos antigas?!
hauhauahuah

Pq nao poe a foto q tiraram sem tu saber...

hauhaua

Abração!

Unknown disse...

Hoje, tudo é muito digital... até mesmo as lembranças...