Hoje estava descarregando algumas fotos da máquina digital e fiquei pensativo... que coisa mais sem graça é tirar fotos hoje em dia. Bom é receber fotos que nem sabíamos que haviam sido tiradas.
Como era interessante aquela época em que as pessoas posavam para a foto e só descobriam se a foto realmente ia sair depois de revelado o filme. Ficava aquela expectativa.
Uma vez, antes do tempo do Julinho, na época do Isabel, fomos visitar alguns pontos turísticos de Porto Alegre em uma excursão do colégio. Eu gastei um filme inteiro tirando fotos dos colegas e dos lugares que visitamos. Todas as fotos queimaram.
A algumas semanas atrás eu fui acampar com o Grupo Escoteiro e tiramos uma foto igual aquela que foi tirada no finalzinho do filme "A Praia" em que todo mundo pula na hora de bater a foto na beira da prais. Tiramos esta foto em uma máquina à moda antiga. O filme ainda não foi revelado. As pessoas ficam curiosas e perguntam se o foto já ficou pronta. Tem uma expectativa.
Hoje para se ver um album de fotografias é necessário um computador ou uma TV conectada a um DVD ou algum outro mecanismo parecida. Senta todo mundo na frente e olha todo mundo junto, não tem o album passando de mão em mão. Não sei o que é mais legal. Eu na verdade nunca gostei muito de olhar foto.
Talvez passar o album de mão em mão renda mais histórias. Sempre tem aquela foto que para na mão de alguém e este alguém conta uma história sobre o dia em que a fotografia foi batida ou lembra quem bateu a foto. E sempre são boas histórias. É dificil lembrarmos de coisas ruins olhando fotos.
Escrevi isso porque hoje escutei uma música que me fez pensar em fotos.
Antes do fim:
Fotografia
Composição: Leoni, Léo Jaime
Hoje o mar faz onda feito criança
No balanço calmo a gente descansa
Nessas horas dorme longe a lembrança
De ser feliz
Quando a tarde toma a gente nos braços
Sopra um vento que dissolve o cansaço
É o avesso do esforço que eu faço
Pra ser feliz
O que vai ficar na fotografia
São os laços invisíveis que havia
As cores, figuras, motivos
O sol passando sobre os amigos
Histórias, bebidas, sorrisos
E afeto em frente ao mar.
Quando as sombras vão ficando compridas
Enchendo a casa de silêncio e preguiça
Nessas horas é que Deus deixa pistas
Pra eu ser feliz
E quando o dia não passar de um retrato
Colorindo de saudade o meu quarto
Só aí vou ter certeza de fato
Que eu fui feliz
O que vai ficar na fotografia
São os laços invisíveis que havia
As cores, figuras, motivos
O sol passando sobre os amigos
Histórias, bebidas, sorrisos
E afeto em frente ao mar.
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2 comentários:
Como tu ta saudosista com o Julinho e com fotos antigas?!
hauhauahuah
Pq nao poe a foto q tiraram sem tu saber...
hauhaua
Abração!
Hoje, tudo é muito digital... até mesmo as lembranças...
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